Em meio às crescentes tensões geopolíticas, o governo dos EUA está considerando a possibilidade de impor sanções a alguns bancos da China.
De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, essas medidas visam desconectar esses bancos do sistema financeiro global. O país diz estar preocupado que esses bancos facilitem o comércio militar que patrocina a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Bancos chineses auxiliaram comércio na Rússia?
A China afirma que não forneceu armas para a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia. Entretanto, os EUA argumentam que a exportação de itens de uso duplo, como chips e maquinário, fortaleceu as forças armadas da Rússia. O país vê essas sanções como uma possível “opção de escalada” se os esforços diplomáticos não forem bem-sucedidos.
Historicamente, países isolados da rede financeira mundial usam criptomoedas como alternativa. A empresa estatal de petróleo da Venezuela PDVSA, por exemplo, passou a usar o Tether (USDT) para evitar as novas sanções dos EUA. Em suma, essa medida quer proteger suas receitas de petróleo das restrições bancárias internacionais.
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Além disso, a Rússia usa criptomoedas para evitar as sanções ocidentais. Suspeita-se que as empresas do país usam o USDT para adquirir materiais militares. Essa estratégia facilita as transações que os sistemas financeiros convencionais rastreiam com menos facilidade.
O aumento do uso de criptomoedas nesses contextos destaca seu uso por países para contornar sanções econômicas.
China pode voltar a usar criptomoedas após ação dos EUA?
Esses fatores alimentam uma especulação sobre uma eventual resposta da China caso ocorra um isolamento semelhante. O país é rigoroso na regulamentação das criptomoedas, devido a supostas preocupações com a instabilidade financeira e saídas de capital não autorizadas.
“Estude a realocação do capital chinês de ações e imóveis para o ouro. Um fenômeno semelhante ocorre com o Bitcoin na China, mas não em todo o seu potencial devido ao acesso restrito. Vamos abrir essa represa”, disse o capitalista de risco Andrew Kang.
A possibilidade de os bancos chineses serem excluídos do sistema financeiro global poderia levar a uma reavaliação dessa postura. Por exemplo, ela poderia incentivar uma abordagem regulatória mais favorável às criptomoedas.
Essa mudança se alinharia a uma tendência mundial de integrar criptomoedas aos sistemas econômicos, especialmente em contextos em que os países não podem acessar as vias financeiras tradicionais.
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