Messari aponta que, no ritmo atual, Ethereum deverá bater recorde de valor transacionado nos três primeiros meses de 2021.
A rede Ethereum deve atingir um volume recorde de US$ 1,6 trilhão em transações apenas no primeiro trimestre de 2021. Os números são da casa de análise Messari.
Atualmente, o Ethereum já conta com quase US$ 1 trilhão transacionado: exatos US$ 926 bilhões já passaram pela rede antes do fim de fevereiro. O volume já é quase a soma dos dois últimos trimestres, quando a plataforma movimentou US$ 1,01 trilhão.
A projeção da empresa é que, nesse ritmo, a rede alcance os US$ 1,6 tri até o final de março. Se isso de fato ocorrer, o volume será o equivalente a todas as transações registradas no Ethereum nos últimos dois anos.
Além disso, segundo a Messari, a contabilidade leva em conta apenas o volume da criptomoeda ETH, nativa da plataforma, além de stablecoins.
As stablecoins em questão são principalmente moedas digitais com valor pareado com o dólar americano e baseadas em contratos inteligentes criados na rede Ethereum. USDT, USDC e DAI, por exemplo, são algumas delas.
A conta, por outro lado, não inclui o volume de outras criptomoedas criadas no mesmo padrão, mas que não são stablecoins. O volume geral, portanto, poderia ser ainda maior.
Números vão na contramão de críticas ao Ethereum
O recorde em volume de transações se contrapõe a críticas comuns à rede Ethereum. Usuários e desenvolvedores de soluções na plataforma se queixam constantemente da falta de escalabilidade do sistema. A reclamação tem a ver, principalmente, com a suposta dificuldade de operar muitas transações por segundo.
O principal resultado seria, por exemplo, a cobrança de altas taxas. Quanto mais congestionada a rede do Ethereum, mais é preciso desembolsar para efetuar qualquer transação. Na última terça-feira (23), por exemplo, usuários precisaram pagar, em média, US$ 40 por uma única transação de qualquer valor, segundo o monitor Ycharts.
As altas taxas e a demora na confirmação de transações teriam sido os motivos por trás da busca por soluções alternativas, como Polkadot e Binance Smart Chain. A BNB, moeda nativa da rede criada pela exchange Binance, disparou de preço recentemente e já acumula valorização mensal de 500%, segundo o Coingecko.
Especialistas, no entanto, não consideram que a Ethereum ficará para trás. Esse é o caso de Ryan Watkins, pesquisador líder da Messari. Para ele, o volume recorde de transações é prova de que projetos não estão deixando a plataforma em busca de alternativas.
A Ethereum está a caminho de liquidar US$ 1,6 trilhão em transações no primeiro trimestre de 2021. Nos últimos 12 meses, liquidou US$ 2,1 trilhões em transações. Escala incrível para uma tecnologia que os críticos afirmam não poder escalar. Mas, por favor, me diga como o Ethereum está inutilizável e as pessoas estão fugindo para outras blockchains. Os dados apontam exatamente para o oposto.
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