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ETH.Rio: “Brasil está preparado para negociar stablecoins com CBDC”, diz CEO da Transfero

4 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • CEO da Transfero diz que Tether tem lastro.
  • Especialista diz que tranparência e descentralização DAO empoderam
  • Depois encontrar governador de São Paulo, CZ passará na Ethereum.Rio 2022
  • promo

O Eth.Rio trouxe temas como os desafios, casos e cases de stablecoins, DAO e blockchain. Workshops sobre criptomoedas também estavam na agenda do segundo dia do evento.

Para o CEO da Transfero, Thiago César, que falou sobre stablecoins no evento, os desafios para adoção de moedas digitais pareadas a fiduciárias incluem vários farores. A empresa é a criadora da BRZ, uma stablecoin pareada ao real.

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“A gente também não pode ser muito duro com o Brasil quando vamos analisar um país que tem desafios civilizatórios múltiplos, que tangenciam outros tópicos da sociologia. Então é difícil esperar do Brasil uma regulação assertiva, clara e rápida sobre o tema que daria mais segurança para as pessoas utilizarem tabelcoins.

O Brasil tem um sistema bancário eficiente e um bom exemplo disso é o Pix do Banco Central e para o executivo da Transfero,

“O Pix só veio reforçar isso e a ferramenta para a gente é excelente. Essa eficiência é ótima porque hoje o brasileiro tem acesso ao BRZ, o que adiciona liquidez para nossa stablecoin. É mais acesso para o nosso para instrumento.

“Eu gosto muito da postura do BC. Eu acho que são pessoas muito capacitadas, muito preparadas e eu não vejo nenhum entrave do ponto de vista técnico por parte deles para apoiar esse tipo de iniciativa, porque é uma iniciativa brasileira,  é uma stablecoin do Brasil, levando o Real para o resto do mundo através de instrumento sintético e, por outro lado, eu vejo que a proposta de lei que está circulando hoje no Senado não é restritiva de nenhuma maneira.

Foto: Aline Fernandes

Então eu acho que quando o mercado cripto for regulado, as pessoas vão ganhar mais confiança e os players que trabalham com o BRZ hoje em grandes exchanges internacionais de primeira linha só reforçam esse posicionamento de um projeto sério.

Então minhas perspectivas são excelentes. Eu acho que essa barreira (adoção das stablecoins) vai ser vencida com o trabalho, com entrega e seriedade.

CBDC x Stablecoins

Sobre a negociação entre CBDCs e Stablecoins Thiago diz

“Do nosso lado a gente está preparando, agora é só combinar com os Bancos Centrais para deixarem a gente fazer esse par”

Polêmica Tether x popularidade

À medida que a popularidade da Tether (USDT) – stablecoin mais popular do mundo atrelada ao dólar – cresce, aumentam as preocupações com as reservas da moeda digital.

Durante o painel sobre moedas digitais pareadas a fiduciárias, Thiago defendeu a stablecoin e disse que a Tether tem sim fundos para lastrear os bilhões de USDTs emitidos:

 “Eles estão resgatando constantemente bilhões de Tethers em dólares. Eu posso concordar que a decisão de alocar dinheiro em instrumentos financeiros é questionável. Mas eles têm muito mais — mas muito mais mesmo — dólares do que USDT em circulação. Com certeza”.

A Tether tem uma longa história de polêmica e, mais recentemente, enfrentou outro processo. Dois investidores em Nova York processaram o projeto, reclamando que ele havia enganado os investidores sobre suas reservas.

Enquanto isso, o Tether vem tentando apaziguar os reguladores. A stablecoin anunciou em novembro de 2021 que cooperaria com legisladores de todo o mundo para atender aos padrões de conformidade. A empresa terá que garantir que não vai irritar ainda mais os legisladores e investidores, já que a pressão por regulamentação das stablecoins aumenta nas principais economias.

As stablecoins tornaram-se uma grande preocupação para os governos, que temem que isso possa afetar a soberania das moedas nacionais. Com o USDT sendo a stablecoin mais popular do mercado, ela tende a ser um dos principais alvo dos reguladores.

Stablecoin x inflação

Com um salário mínino que varia entre US$ 4 e US$ 10 e uma economia estraçalhada por um governo ditatorial, as criptomoedas e stablecoins tem sido uma das saídas encontradas para driblar a inflação na Venezuela.

Para o venezuelano Luis Lozada da makerDAO, que também falou no painel das stablecoins, os venezuelanos usam muito e tem usado cada vez mais as stablecoins, a Petro é a mais popular, mas Lozada explica:

“As stablecoins são muito utilizadas na Venezuela em transações como a compra de alimentos, remédios e pagamentos de serviços do dia a dia sem precisar ter uma conta em um banco nos Estados Unidos. Então, as stablecoins atreladas ao dólar são muito mais usadas por todas as classes ao invés do bolívar. (moeda venezuelana) por causa da inflação.”

A população recorre as exchanges para fugir da desvalorização da moeda local. Bitcoin, Ethereum, Tether e DAI estão entre as moedas digitais usadas segundo Lozada.

DAO também esteve entre os destaques desta terça feira e foi consenso entre todos os painelistas que a DAO abre possibilidades infinitas para todas a áreas que vão de educação ao uso para impacto social positivo.  A transparência e a descentralização empoderam diz Valeriya Minaeva, da 1Inch.

Binance de olho no mercado brasileiro

Changpeng Zhao (CZ), CEO da Binance, tem presença confirmada no Ethereum.Rio nesta quarta-feira (16), após se reunir com o governador do estado de São Paulo, João Doria, nesta segunda-feira (14).

Detalhes da reunião não foram divulgados por CZ ou pelo governador da cidade mais rica do país. Mas, ao que tudo indica, foram abordados planos para a exchange expandir seu ramo de atuação no país.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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