O setor financeiro se prepara para adotar uma nova onda de ETFs de Bitcoin na Austrália. Essa notícia veio após os precedentes bem-sucedidos nos Estados Unidos (EUA) e, em breve, em Hong Kong.
Com emissores de peso liderando o processo, os especialistas do setor estão prevendo uma mudança significativa nos padrões de investimento em criptomoedas no continente.
Setor de pensões da Austrália pode impulsionar demanda por ETFs de Bitcoin
A ASX Ltd. é a principal exchange de valores mobiliários da Austrália, que lida com a maior parte do trading de ações. Um relatório aponta que ela está considerando aprovar seus primeiros ETFs de Bitcoin. Fontes próximas ao assunto sugerem que essas aprovações poderiam se materializar antes do final de 2024.
Em Sydney, a BetaShares está trabalhando ativamente para lançar seu produto na ASX. Um porta-voz da empresa compartilhou em uma entrevista recente que eles já reservaram símbolos de ticker para seus ETFs de Bitcoin e Ethereum. Da mesma forma, a DigitalX Ltd., outra empresa australiana, divulgou em seus resultados semestrais que apresentou uma solicitação.
Leia mais: Previsão de preço do Bitcoin para 2024 / 2025 / 2030
Ao mesmo tempo, a VanEck, uma veterana na esfera de ETFs com produtos nos EUA e na Europa, retornou à briga australiana. A empresa renovou seu pedido no início de 2024.
O ressurgimento do interesse em ETFs de criptomoedas é mais do que apenas aproveitar a onda das tendências atuais do mercado. O robusto setor de pensões de US$ 2,3 trilhões da Austrália, por exemplo, pode ser fundamental para sustentar os fluxos de entrada nesses novos instrumentos financeiros.
A Bloomberg informa que aproximadamente um quarto dos ativos de aposentadoria do país é mantido em fundos de aposentadoria autogerenciados. Esses fundos oferecem aos investidores a flexibilidade para diversificar em criptomoedas.
O vice-diretor de investimentos e mercados de capitais da VanEck Austrália, Jamie Hannah, por outro lado, observou o potencial desses fundos autodirigidos para impulsionar a adoção e o sucesso dos ETFs propostos.
“Com superfundos autogerenciados, corretores, consultores financeiros e dinheiro de plataforma, há um mercado endereçável grande o suficiente aqui para levar esse ETF a um tamanho adequado”, disse Hannah.
Histórico negativo para ETFs
No entanto, o caminho para a proeminência do ETF na Austrália tem seus desafios. Tentativas anteriores de lançar ETFs de Bitcoin na região tiveram resultados razoáveis.
A Cosmos Asset Management, por exemplo, lançou seu ETF de Bitcoin à vista em 2022 na CBOE Austrália. Mas ele teve vida curta e, em seguida, foi retirado da lista devido ao fraco interesse dos investidores. No entanto, o ETF de Bitcoin Global X 21Shares, lançado no mesmo período, continua administrando ativos no valor de aproximadamente US$ 62 milhões.
Esse movimento pode representar um marco crítico, espelhando o entusiasmo nos EUA. Desde seu primeiro dia de trading, os ETFs de Bitcoin dos EUA acumularam impressionantes US$ 53 bilhões em ativos.
De acordo com os dados da SoSo Value, o ETF de Bitcoin à vista registrou fluxos líquidos totais negativos por três dias consecutivos na semana passada. O iShares Bitcoin Trust (IBIT), ETFs de Bitcoin à vista da BlackRock, um dos ETFs de melhor desempenho, recebeu zero entradas desde 24 de abril de 2024.
Esse interesse está aberto a mais do que os centros financeiros tradicionais. Hong Kong, por exemplo, também está preparando o terreno para fundos que investem diretamente em Bitcoin e Ethereum, com previsão de início de trading nesta terça-feira (30).
A comunidade financeira internacional monitora de perto a Austrália enquanto ela se prepara para lançar ETFs de Bitcoin à vista. O resultado desses lançamentos pode indicar se a criptomoeda é um ativo de investimento viável para os principais investidores.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.
