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Entenda por que Vitalik Buterin está preocupado com a posição cripto de Hong Kong

2 mins
Por Josh Adams
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Vitalik Buterin pediu cautela para as empresas cripto. que consideram ter Hong Kong como base.
  • Hong Kong adotou as criptomoedas com novos regulamentos e licenças.
  • Mas a sua complexa relação com a China continental, onde as criptomoedas são proibidas, levanta incertezas.
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O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, está preocupado sobre a postura recente de Hong Kong sobre criptomoedas. Ele falou sobre o assunto no Web3 Transitions Summit, em Cingapura, na quinta-feira (14).

Conforme Hong Kong se posiciona como um potencial centro cripto ao adotar um novo quadro regulamentar, o ceticismo cresce entre os principais líderes da indústria.

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Buterin duvida de Hong Kong

Há pouco tempo, Hong Kong emitiu licenças inaugurais para negociação de criptomoedas no varejo para as exchanges HashKey e OSL. Esses endossos ocorreram depois que a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC) da cidade começou a licenciar pedidos em junho.

No entanto, dada a posição rigorosa da China em relação às criptomoedas e aos acontecimentos políticos em Hong Kong de 2019, a durabilidade desta abertura é uma questão de debate. A resposta de Pequim em 2020, por exemplo, foi ampliar o seu domínio em Hong Kong através de uma lei de segurança nacional.

Por esta razão, Vitalik Buterin alertou as empresas de criptomoedas que consideram Hong Kong como base, expressando incerteza sobre sua amizade sustentada.

“Não entendo bem Hong Kong. Compreendo ainda menos a interação entre Hong Kong e o continente. Obviamente, é muito amigável agora. Mas a grande pergunta que estou fazendo e que acho que alguém está perguntando é: quão estável é o nível de amizade?”

Buterin observou que o principal fator, na sua opinião, é garantir a estabilidade na abordagem de Hong Kong. A cidade poderia estar bem posicionada se pudesse garantir aos indivíduos esta simpatia consistente. No entanto, “é aí que sinto que reside o desafio”, acrescentou.

A opacidade do governo da China complica as previsões. Ainda assim, alguns esperam que um piloto bem-sucedido de Hong Kong possa levar Pequim a uma abordagem cripto mais liberal, garantindo acesso à sua vasta população.

Proibição de criptomoedas na China pode ser questionada

No mesmo dia, o SFC repreendeu uma exchange renegada, a JPEX, sinalizando seus “recursos duvidosos” e falsas alegações de licenciamento. Isto serve como um lembrete de que uma maior abertura não compromete uma regulamentação rigorosa.

O fundador da Crypto Yield Capital, Jake Boaz, compartilhou a postura cautelosa de Buterin, sugerindo que as entidades em Hong Kong deveriam monitorar de perto a influência de Pequim sobre a região.

“A repressão abrangente às criptomoedas na China continental lança uma sombra de incerteza. Dado este cenário, é imperativo que as empresas cripto em Hong Kong estabeleçam planos de contingência”, disse Boaz.

Apesar da proibição da China ao comércio e à mineração de criptomoedas, decorrente das suas preocupações com a estabilidade financeira, existem indicadores do seu sucesso limitado.

Por fim, um relatório de agosto sugeriu que a China continua sendo o mercado primário da Binance, apesar da proibição oficial. A exchange continua suas operações com cerca de 900.000 usuários ativos na China, colaborando com as autoridades locais.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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