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Entenda o contexto e o impacto de Javier Milei com as criptomoedas na Argentina

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Escrito por
Aline Fernandes

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Editado por
Chris Goldenbaum

14 agosto 2023 15:02 BRT
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  • O candidato a presidência da Argentina pró-cripto, Javier Milei venceu as primárias e prometeu acabar com o Banco Central do país.
  • Peso despenca e BC eleva juros do país.
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Javier Milei venceu as primárias na Argentina e disse querer acabar com o Banco Central. A notícia mexeu com o mercado. O candidato à presidência pró-cripto, agradeceu pelo X todos os votos recebidos.

Após primárias na Argentina deste domingo, o país amanheceu nesta segunda-feira com uma taxa de juros 21% mais alta. A taxa – chamada Leliq – foi de 97% para 118%. A medida pretende absorver pesos no mercado.

O peso também perdeu força. Quase 18%.

Após o anúncio, 1 dólar passou a valer 350 pesos, mas o país tem várias cotações paralelas. O dólar cripto sempre vale mais do que o dólar blue (paralelo), por exemplo. O blue estava cotado em 670 pesos nesta segunda-feira, bem acima dos 350 oficial.

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Investidores estão tensos com as notícias vindas do país latino-americano, que já tem uma dívida de US$ 44 bilhões como FMI.

Títulos externos também despencaram após a vitória de Javier. Os títulos com vencimento em 2035 afundaram até 14%, para 27,6 cents por dólar.

Quem é Javier Milei?

Radical de direita e grande defensor das criptomoedas, Milei está sendo comparado a políticos como os ex-presidentes dos EUA, Donald Trump e do Brasil, Jair Bolsonaro, por algumas de suas ideias consideradas radicais.

Entre elas, está a polêmica proposta de acabar com a autoridade monetária argentina, criar um modelo descentralizado e dolarizado para economia. Milei já defendeu até a liberação para a venda de órgãos humanos.

Estamos propondo um sistema bancário e a reforma monetária que acabará levando à extinção do Banco Central, onde os argentinos podem escolher sua moeda e não serem obrigados a suportar a moeda emitida pelos políticos argentinos, disse em entrevista à agência Reuters em maio de 2022.

A chapa do economista, “A Liberdade Avança”, conseguiu pouco mais de 30% dos votos válidos, contra 28,7% da segunda chapa mais votada, a “Juntos pela Mudança” da oposição. A chapa “União Pela Pátria”, do partido do presidente Alberto Fernández, ficou em terceiro com 27,27% dos votos, o pior desempenho do peronismo na história das prévias.

As eleições presidenciais estão marcadas para outubro.

“Vamos acabar com o kirchnerismo e com a classe política parasitária e ladra que está afundando este país”, disse Milei, referindo-se a uma tendência populista de esquerda dentro da União pela Pátria, influenciada pela ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner. A fala foi publicada no inglês Financial Times.

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