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Empresários presos lavaram dinheiro para o MBL com criptomoedas, diz MP

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Escrito por
Paulo Alves

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Editado por
Caio Nascimento

10 julho 2020 10:03 BRT
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Uma operação realizada na manhã desta sexta-feira (10) resultou na prisão de empresários ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre). Segundo o Ministério Público de São Paulo, os acusados operaram esquema de lavagem de dinheiro usando criptomoedas.

Foram presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso. Carlos é conhecido nas redes sociais como Luciano Ayan, criador dos portais Ceticismo Político e Jornalivre. A operação foi executada pela Polícia Civil de São Paulo e contou com participação da Receita Federal. As autoridades estimam que a fraude chegue ao valor de R$ 400 milhões.

Em reportagem do UOL de 2019, ex-colaboradores dos sites disseram que o MBL orientava pautas que atacavam inimigos políticos do grupo. A investigação liderada pelo MP paulista, no entanto, se atém à ocultação de patrimônio advindo de supostas doações.

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Segundo as autoridades, os acusados realizaram “confusão jurídica empresarial” para intermediar “doações de forma suspeita”. As chamadas “cifras ocultas” seriam, dessa maneira, destinadas ao MBL. Parte da estratégia envolveria lavagem de dinheiro com uso, por exemplo, de criptomoedas.

As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas.

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MBL nega envolvimento em esquema com criptomoedas

Segundo o UOL, o deputado federal Kim Kataguiri nega que Luciano Ayan e o outro empresário tenham envolvimento com o MBL. Ele diz que eles “não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL”. Além disso, alega que “nunca foram membros do movimento”.

Ele atribui a associação dos acusados ao movimento a uma notícia veiculada “de maneira errônea” por um portal. No entanto, segundo apurou o UOL, o Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômico do MP considera que ambos integram o MBL.

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