Em uma era de constantes avanços tecnológicos, o Banco do Nordeste (BNB) foi integrado ao piloto do Drex. Liderado pelo Banco Central (Bacen), o desenvolvimento em ambiente de testes da CBDC brasileira visa aprimorar a segurança das operações. Isso ocorre por meio de ferramentas do sistema financeiro com uso de novas tecnologias como a blockchain
O consórcio é liderado TecBan, empresa por trás do Banco 24hs. Ela se dedica a soluções que integram o mundo físico e digital e a ideia da entrada do Banco do Nordeste é impulsionar a eficiência do ecossistema financeiro.
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Com expectativa de chegar aos brasileiros entre dezembro desde ano e início de 2025, a CDBC brasileira conta com vários players de diversos setores. Entre eles estão, por exemplo, Pinbank Brasil, Dinamo, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, AWS e Parfin que contribuem com sua especialização.
Diversificar para garantir qualidade
Dentro deste grupo, encontram-se tanto empresas focadas em diferentes aspectos do negócio. Eles vão desde o, por exemplo, o desenvolvimento blockchain até a custódia, tokenização, segurança e privacidade, além de serviços computacionais em nuvem.
Essa variedade de competências é essencial para garantir uma abordagem abrangente e robusta na criação e implementação do real digital.
De acordo com o gerente de plataformas digitais na TecBan, Luiz Fernando Lopes, a entrada do Banco do Nordeste no grupo complementará as ferramentas necessárias ao desenho de modelos de negócios para entender os desafios que a moeda digital pode enfrentar e saná-los por meio da tokenização. “Com a chegada desse novo e relevante participante incorporamos mais diversidade aos debates e enriquecemos o trabalho que estamos desenvolvendo juntos”, diz Luiz.
Segundo o gerente do Hub de Inovação do BNB (Hubine), Carlos Eduardo Gaspar, a nova moeda digital trará agilidade às operações, aumento na segurança dos processos, redução de custos e até diminuição dos juros aos consumidores.
“Nesse sistema, o dinheiro não existe fisicamente. O que existe é um registro em um blockchain, que é uma espécie de livro de registros compartilhado, que dá segurança praticamente absoluta as transações e rastreamento de ativos. Para que uma transferência seja efetivada, milhares de computadores no mundo têm de validar as informações repassadas pelas duas partes”, explica.
Drex vai reduzir custos
Além da segurança, as vantagens de uso da CBDC brasileira incluem redução de custos operacionais e queda nos riscos de inadimplência.
“Como funciona hoje? O registro de um carro, por exemplo, fica no cartório. Se eu for comprá-lo, tenho de conferir a propriedade, se não está dado como garantia, vou ao cartório, as duas partes fazem registros de compra e venda, transferência… Imagina esse registro sendo eletrônico e inviolável. Na hora de comprar, o contrato eletrônico confere se uma parte tem o dinheiro e se a outra possui o bem. O próprio sistema faz a transferência automática e de forma imediata. Além do tempo para a troca de propriedade entre as partes, eu eliminei a necessidade de um cartório, um eventual advogado para contestação, uma série de coisas num processo físico”, explica Eduardo Gaspar.
No caso dos bancos, por exemplo, o blockchain atesta a existência e a propriedade dos bens dados em garantia. Em caso de inadimplência, a instituição financeira pode executar a dívida de forma automática.
“Imagine o ganho de custo que isso vai trazer. Eu eliminei todo um processo judicial, cartório, custas administrativas e outras despesas. Isso vai permitir emprestar a menor taxa”, completa Gaspar.
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