A vacina da Moderna e pelo menos outros quatro assuntos são responsáveis pela movimentação do dólar nesta segunda-feira (16).
A moeda americana abriu em queda após ter fechado a semana anterior em R$ 5,47. O dólar despencou 2% nos primeiros minutos do pregão e foi rapidamente a R$ 5,36. No entanto, o câmbio voltou a corrigir. Às 10h50, a moeda é cotada a R$ 5,40.
O recuo se deu enquanto o Banco Central divulgava novo relatório apontando melhor projeção para o dólar. O ânimo no começo do dia se deu por conta de várias notícias positivas vindas do exterior. Segundo o economista Pablo Spyer, o mercado reagia a novidades vindas da Ásia, da Europa e dos EUA.
Acordo de livre comércio na Ásia impulsiona mercados e faz dólar recuar
Um dos motivos para o ambiente positivo é um novo acordo de livre comércio que integra países asiáticos e a Austrália. Apesar de a Índia ser uma ausência marcante, a parceria entre economias como China, Japão, Coreia do Sul e o gigante da oceania teriam o potencial e criar um dos corredores de exportações mais importantes do mundo.
Equipe Biden diz que não haverá mais lockdown
Nos EUA, agentes do mercado veem com bons olhos a declaração da equipe de transição de Biden sobre novos confinamentos. Segundo o novo governo que se prepara para assumir em janeiro, não há planos para ordenar mais lockdowns no país. A expectativa, portanto, é que a economia não seja travada pelo fechamento de estabelecimentos. Como consequência, o dólar pode reagir.
Vacina da moderna dá fôlego para bolsas
Outro bom sinal que vem do país norte-americano está relacionado à vacina da Moderna. A empresa anunciou que sua vacina contra a o coronavírus apresentou eficácia de 94,5% nos testes da fase 3.
O número maior do que o reportado pela Pfizer, a primeira a divulgar resultados preliminares do último estágio de testes. Por outro lado, o New York Times ressalta que ainda levará meses até que a vacina seja amplamente disponibilizada. Ainda assim, o mercado reagiu e vendeu dólar.
Governos vão continuar injetando dólar
Além disso, o dólar deve ser afetado pelo otimismo em relação a novos estímulos econômicos. A expectativa é que os principais bancos centrais do mundo, como o FED e o BCE, sigam apostando em injeção de liquidez.
O maior efeito sobre os mercados devem surgir apenas quando os EUA finalizarem o novo pacote de ajuda. Enquanto isso, porém, as bolsas já reagem positivamente. No Brasil, o Ibovespa, que vem de respiro na última semana, volta a passar de 105 mil pontos.
Negociações do Brexit continuam
Outro fator que influi no sentimento otimista nesta semana é a negociação do Brexit. A data limite para tratativas terminaria no último domingo (15). No entanto, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deu sinal positivo para estender o prazo. Desse modo, segue de pé a esperança de que britânicos e o bloco europeu cheguem a um acordo que evite um rompimento abrupto. Uma mudança nesse cenário pode afetar, por exemplo, a cotação do dólar em euro.
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