O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (19) em meio ao otimismo global sobre vacinas da Covid. Após ter fechado a semana em R$ 5,64, a moeda americana cai para R$ 5,57 às 13h52.
No entanto, o momento positivo não impede o mercado de piorar a projeção para o futuro. Segundo levantado pelo Banco Central, operadores projetam cotação ainda mais alta no horizonte.
Diversas medições do relatório semanal Focus do Bacen mostra um crescente pessimismo entre os agentes econômicos. No agregado, o dólar de 2020 que era visto a R$ 5,25 já surge a R$ 5,35. Já o de 2023 retoma o patamar de R$ 4,90 após ligeira melhora na pesquisa anterior.
Para o mês de outubro, já é consenso de que a moeda americana não deverá cair para menos de R$ 5,50. Embora haja expectativa de redução até o final do ano, a cotação projetada sobe um pouco a cada nova sondagem.
O que dá o tom do pessimismo é a apreensão em torno das contas públicas. O governo tem uma dívida em títulos quatro vezes maior para os primeiros meses de 2021. A preocupação é que haja um risco no pagamento se o programa Renda Cidadã ventilado pelo governo federal sair do papel.
Dólar alto puxa inflação
Apesar da piora nos números do dólar, a perspectiva de inflação é ainda pior. O levantamento do Banco Central aponta que o mercado já espera o IGP-M em 17,15% no final de 2020. O índice registrou recuo no fim de setembro, mas deve fechar o ano em alta. A renda fixa pode se beneficiar da subida. No entanto, quem mora de aluguel pode acender o alerta para um possível reajuste maior do que o esperado para o ano que vem. Os aluguéis, vale lembrar, são reajustados com base no IGP-M do ano anterior. O consenso entre economistas é de que o dólar é uma das principais forças que puxam a inflação. Quanto mais fraco o real, mais caras ficam as importações. Além disso, o produto brasileiro fica mais atrativo no mercado internacional, o que já provoca efeitos no abastecimento interno. Recentemente, o governo zerou tarifa sobre o arroz importado para ajudar a subir a demanda local.Isenção de responsabilidade
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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