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É mais seguro lançar memecoins do que criptomoedas úteis

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Traduzido Bruna Brambatti

EM RESUMO

  • As memecoins escapam das rígidas regulamentações cripto dos EUA, enquanto criptomoedas úteis enfrentam dificuldades.
  • Chris Dixon critica as práticas regulatórias que favorecem as memecoins.
  • A ampla aplicação do teste Howey pela SEC dificulta a inovação das criptomoedas.
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As memecoins parecem se esquivar dos obstáculos regulatórios que impedem criptomoedas mais substanciais. Enquanto tokens como Dogecoin, que surgiram do humor, prosperam, empreendedores que desejam lançar criptomoedas úteis enfrentam desafios assustadores.

Esse desequilíbrio levanta questões críticas sobre as regulamentações de criptomoedas dos EUA e seu impacto na inovação.

O sócio geral de Andreessen Horowitz critica as regulamentações de criptomoedas dos EUA

Chris Dixon, sócio geral de Andreessen Horowitz, que lidera seu fundo de criptomoedas, criticou as práticas regulatórias existentes. Ele ressalta que essas regulamentações facilitam proliferar memecoins em detrimento de soluções mais inovadoras baseadas em blockchain.

De acordo com Dixon, a regulamentação de criptomoedas dos EUA incentiva involuntariamente o lançamento de moedas inspiradas em memes porque elas não têm utilidade prática, evitando assim o rigoroso escrutínio aplicado a tecnologias potencialmente transformadoras.

“Na verdade, é mais seguro lançar uma moeda meme hoje sem nenhum caso de uso do que lançar um token que seja útil. Pense nisso desta forma: Consideraríamos uma falha de política se tivéssemos um mercado de valores mobiliários que incentivasse apenas ações de memes da GameStop, mas que rejeitasse empresas como Apple, Microsoft e NVIDIA – todas empresas com produtos que as pessoas usam diariamente”, escreveu Dixon.

Leia mais: Como identificar e avaliar o potencial de uma memecoin?

Esse paradoxo regulatório fica claro na relativa facilidade de criar e lançar memecoins. Isso ocorre porque as memecoins geralmente não exigem uma equipe de desenvolvedores ou um plano de negócios legítimo. Elas prosperam com o envolvimento da comunidade e a cultura da Internet, muitas vezes ganhando valor por pura especulação, em vez de utilidade subjacente.

Por outro lado, os desenvolvedores que pretendem introduzir tokens de blockchain com aplicações práticas encontram um labirinto de problemas de compliance. Esses tokens poderiam revolucionar os sistemas de pagamento, a autenticidade digital e a governança descentralizada, mas muitas vezes se encontram atolados no que Dixon descreve como “purgatório regulatório”.

Além disso, as iniciativas recentes da Andreessen Horowitz, como sua enorme captação de recursos de US$ 7,2 bilhões destinada a setores como infraestrutura e jogos, demonstram um firme compromisso com o potencial dessas tecnologias para impulsionar o crescimento futuro. Isso é apoiado por seu papel ativo na defesa de reformas regulatórias que poderiam nivelar o campo de atuação de projetos sérios de criptomoedas em relação às memecoins.

A abordagem da SEC dificulta a inovação

O principal desafio decorre da aplicação do teste Howey pela Securities and Exchange Commission (SEC). Estabelecido em 1946, esse teste determina se uma criptomoeda se qualifica como um título (valor mobiliário). Sua ampla interpretação no contexto dos ativos digitais modernos tem sido um ponto de discórdia.

Apesar de sua natureza descentralizada, apenas alguns projetos, como o Bitcoin e o Ethereum, foram reconhecidos pela SEC como não envolvendo esforços gerenciais, isentando-os de determinadas exigências regulatórias. A falta de diretrizes claras levou ao que muitos no setor de criptomoedas descrevem como “regulamentação por imposição”.

O apelo por regulamentações mais claras não está isolado nas observações de Dixon. Líderes de todo o setor de criptomoedas expressaram preocupações semelhantes.

Por exemplo, o CEO da Coinbase, e a CEO da Haun Ventures, criticaram a abordagem da SEC, em suas ações contra plataformas como a Uniswap. Eles argumentam que a “regulamentação por aplicação” da autarquia cria incertezas que sufocam a inovação e a equidade no setor.

Aprendendo com os descuidos regulatórios do passado e ajustando a abordagem aos ativos de criptomoedas, os EUA poderiam promover um ambiente que incentiva tanto a inovação quanto a proteção ao investidor.

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Bruna Brambatti
Graduada em Filosofia pela UFSM, ela tem um interesse profundo por política e economia, demonstrado através de diversos artigos sobre política grega e filosofia política. Em 2017, ela mergulhou no mundo das criptomoedas e blockchain, envolvendo-se ativamente em projetos Web3, incluindo DeFi como o projeto Metapoly org, NFTs e cybersegurança. Com uma genuína paixão pela complexidade e pelo impacto das tecnologias Web3, ela busca continuamente formas de integrar esses avanços inovadores à...
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