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Explosão de hacks de criptomoedas: mais de US$ 500 milhões roubados no primeiro trimestre

2 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

Resumo

  • Mais de US$ 500 milhões foram roubados no primeiro trimestre de 2024 por meio de 223 incidentes com criptomoedas, um aumento de 54% em relação a 2023.
  • Os hackers usaram comprometimento de chaves privadas, golpes de saída e phishing para explorar as vítimas.
  • As principais violações incluem a perda de US$ 112 milhões do cofundador da Ripple e o golpe de saída de US$ 56,5 milhões da BitForex.
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O primeiro trimestre de 2024 provou ser desafiador para o mercado de criptomoedas. Os criminosos cibernéticos desviaram a impressionante quantia de US$ 502,52 milhões por meio de 223 incidentes de segurança on-chain.

Esse valor representa um aumento de 54% em comparação com o mesmo período de 2023, quando as perdas totalizaram US$ 326 milhões. Apesar de um pequeno declínio em relação aos US$ 522 milhões perdidos no último trimestre de 2023, os números permanecem alarmantemente altos.

Quais táticas os hackers usaram para roubar criptomoedas?

De acordo com o relatório “The Web3 Security Quarterly report” da CertiK, somente em janeiro, os malfeitores roubaram US$ 193,1 milhões em 78 incidentes. Os meses de fevereiro e março não ficaram muito atrás, com perdas de US$ 160,4 milhões e US$ 149 milhões, respectivamente, distribuídas em várias violações de segurança.

O principal método de roubo foi o comprometimento de chaves privadas, que foi responsável por quase metade do total de perdas financeiras. Isso ocorreu em apenas 26 incidentes, destacando o impacto significativo dessas violações.

Além disso, os golpistas empregaram várias táticas, como violações de controle de acesso, golpes de saída e phishing. Esses métodos resultaram em perdas substanciais, sendo que os golpes de saída, também conhecidos como “rug pulls“, foram particularmente prejudiciais, custando aos usuários US$ 68,3 milhões. Além disso, as vulnerabilidades no código e os ataques de empréstimo flash levaram a perdas de US$ 42,6 milhões e US$ 37,7 milhões, respectivamente.

“O fato de os mesmos tipos de ataques continuarem a drenar valor do ecossistema é a prova de que essas vulnerabilidades não estão recebendo a atenção que merecem. É difícil estar nas criptomoedas sem saber o que é um golpe de saída ou uma puxada de tapete, mas US$ 68 milhões foram perdidos em 34 golpes de saída flagrantes no primeiro trimestre, sem contar os inúmeros tapetes macios de tokens recém-lançados”, disse Ronghui Gu, cofundador da CertiK, à BeInCrypto.

Leia mais: 6 dicas para proteger suas criptomoedas contra hacks e roubos

A rede Ethereum foi a plataforma mais afetada, sofrendo 131 incidentes que resultaram em perdas de US$ 139 milhões. No entanto, houve um vislumbre de esperança, pois US$ 77,9 milhões foram recuperados em vários incidentes, incluindo o Munchables.

Entre as violações notáveis estava o incidente de 30 de janeiro envolvendo o cofundador da Ripple, Chris Larsen. Suas carteiras de XRP foram comprometidas, levando a uma transferência não autorizada de aproximadamente 213 milhões de XRP, no valor de cerca de US$ 112 milhões.

Esse incidente se tornou a maior violação de segurança de 2024, o que levou as bolsas e as autoridades policiais a tomarem medidas imediatas para rastrear e congelar os ativos roubados.

Em seguida, houve o hack da Munchables em março, quando os hackers roubaram e, surpreendentemente, devolveram US$ 62,5 milhões. Esse ato de devolver os fundos roubados lança luz sobre a imprevisibilidade e as complexidades do ecossistema de criptomoedas.

Outro incidente significativo foi o golpe de saída da BitForex em fevereiro, com perdas no valor de US$ 56,5 milhões. A interrupção repentina dos saques após o desaparecimento dos fundos das hot wallets causou pânico e confusão generalizados entre os usuários.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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