Os administradores da conta oficial do Crazy Frog no Twitter revelaram sofrer ameaças de morte devido ao lançamento de NFTs sobre o personagem.
O Crazy Frog é uma criatura animada feita em CGI que fez grande sucesso a partir de 2005 ao lançar músicas eletrônicas na internet. Seu criador, Erik Wernquist, anunciou planos de lançar ainda neste ano faixas musicais do bichinho no formato de tokens não fungíveis (NFT) na rede Metabeats.
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No entanto, grande parte da comunidade de seguidores do Crazy Frog não reagiu bem à iniciativa, usando suas redes sociais para protestar contra a nova coleção. O principal motivo para a revolta dos fãs envolve questões ecológicas, visto que tokens não fungíveis necessitam de uma grande quantidade de energia para serem criados.
Além disso, alguns usuários afirmaram que a coleção seria uma “fraude”, e que não faria sentido lançar ativos exclusivos de músicas que já estão a anos disponibilizadas de graça na internet. Para estes seguidores do Crazy Frog no Twitter, a iniciativa seria apenas uma tentativa de lucrar devido ao fato do mercado NFT estar superaquecido no momento.
Coleção gera ameaças de morte
Alguns fãs do bichinho virtual extrapolaram na hora de fazer críticas e protestos contra a coleção. Na segunda-feira (13), os administradores da página oficial do Crazy Frog no Twitter afirmaram estarem recebendo ameaças de morte por causa da decisão de Wernquist de lançar produtos em NFT.
“Olá pessoal. Gostaríamos de começar esta mensagem reconhecendo que, embora apreciemos todas as críticas válidas aos NFTs, enviar-nos ameaças de morte e outras coisas desagradáveis para o nosso e-mail não é legal ou produtivo.”
Os administradores da página reforçam que não são os donos do projeto: “somos apenas fãs do Crazy Frog como todos vocês”. Eles disseram serem apenas responsáveis pelas mídias sociais do bichinho, e que apesar de poderem opinar sobre decisões envolvendo a marca, quem decide os passos a serem dados são os seus criadores.
“Todo mundo tem uma palavra a dizer nas questões da marca, no entanto, os chefes ainda decidiram ir em frente com o projeto… Nem todos nós concordamos e às vezes podemos expressar desaprovação ao promovê-lo. Temos permissão para fazê-lo e temos falado apenas de nosso próprio julgamento pessoal.”
Fãs contra NFT
Essa não é a primeira vez que uma comunidade de seguidores se revolta em relação a iniciativas envolvendo NFTs. O grupo de k-pop BTS sofreu diversas críticas de seus fãs após anunciar uma coleção própria de tokens não fungíveis. Alguns usuários chegaram afirmar que a decisão seria “hipócrita”, pelo fato da banda apoiar publicamente a preservação ambiental.
No Brasil, fãs de Pabllo Vittar também protestaram contra o anúncio do lançamento de uma faixa musical em NFT. Outro brasileiro que sofreu grandes questionamentos ao buscar explorar este mercado foi Felipe Neto.
O youtuber e influenciador, que também apoia causas ambientais, precisou vir a público afirmar que seus tokens seriam produzidos pela Hathor, blockchain que possui baixo impacto ambiental na criação de novos ativos.
Apesar do mercado NFT ser visto com maus olhos pelos ambientalistas, projetos que conseguem diminuir o impacto ambiental desses tokens estão ganhando cada vez mais destaque. Recentemente, a Ubisoft fechou parceria com a Tezos (XTZ), rede que também opera com energia limpa, para inserir tokens neste formato em seus jogos.
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