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Coinbase vai demitir funcionários devido a inverno cripto, revela CEO

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, anunciou o corte de 18% do seu quadro de funcionários.
  • Mais de 1.000 pessoas serão demitidas.
  • Crypto.com também demitiu parte de seus funcionários recentemente.
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A Coinbase anunciou o corte de 18% do seu quadro de funcionários. Segundo o CEO da exchange, Brian Armstrong, a medida foi tomada devido a grande probabilidade de um “prolongado” inverno cripto.

Maior exchange dos Estados Unidos, a Coinbase se junta agora a uma lista cada vez maior de empresas da indústria cripto que estão realizando demissões em massa. Por meio de uma postagem em blog, Armstrong anunciou que 1.100 funcionários da companhia irão perder seus empregos em breve.

A decisão foi tomada, segundo o executivo, pois o cenário econômico está “mudando rapidamente”. De fato, eventos como a alta da inflação e da taxa de juros nos EUA e o prolongamento do conflito Rússia x Ucrânia tem trazido cada vez mais preocupações entre gestores e empresários, com muitos acreditando que uma grande recessão está a caminho. Nesse sentido, o líder da Coinbase afirma que a empresa precisa “se planejar para o pior”.

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Inverno cripto atinge a Coinbase

O corte de funcionários não pode ser visto como uma surpresa, visto que a Coinbase não tem conseguido repetir em 2022 os mesmo resultados financeiros dos últimos anos. No último trimestre, a empresa relatou ter tido perdas líquidas de US$ 430 milhões, valor bem acima dos cerca de US$ 50 milhões que eram esperados pelos analistas.

Sua receita no período, de US$ 1,16 bilhão, também foi considerada decepcionante, representando uma queda de 35% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Devido a isso, a exchange já havia suspendido novas contratações. Sobre isso, Armstrong agora observou que “está claro para mim que contratamos em excesso”.

A Coinbase possui cerca de 5.000 funcionários, e segundo o seu CEO, os custos de salários e demais benefícios deste quadro de colaboradores são muito altos para serem mantidos na condição atual do mercado.

A exchange comunicará os indivíduos que perderão seus empregos via e-mail, com cada um deles tendo direito a duas semanas de indenização e acesso ao Talent Hub, plataforma que ajuda a encontrar oportunidades de recolocação no mercado de trabalho.

Armstrong critica funcionários

O anúncio das demissões ocorre poucos dias após o CEO da Coinbase criticar publicamente funcionários da empresa. Por meio de seu Twitter, Armstrong classificou como “idiota” uma petição online criada de forma anônima por alguns de seus empregados.

Na petição, que se tornou pública na última sexta-feira (10), é solicitado a demissão da diretora de operações da exchange, Emilie Choi, do diretor de produtos, Surojit Chatterjee, e do diretor de pessoas, LJ Brock. Nela, há oito motivos do porque esses funcionários de alto escalão deveriam ser mandados embora, incluindo “o fracasso da plataforma Coinbase NFT”, “contratação agressiva para milhares de funções” e “cultura tóxica no local de trabalho”.

Como resposta, o líder da Coinbase disse que as pessoas que criaram esta petição seriam demitidas. Além disso, ele pede para que funcionários que estão insatisfeitos se demitam e busquem emprego em outro lugar. Por fim, ele indaga: “Quem você acha que está administrando esta empresa?”

Crypto.com também demite funcionários

Outra grande exchange que anunciou cortes no seu quadro de funcionários nos últimos dias foi a Crypto.com. Na última sexta-feira, seu CEO, Kris Marszalek, disse que precisou tomar uma “difícil e necessária” decisão para “garantir um crescimento contínuo e sustentável a longo prazo” da empresa.

No total, 260 pessoas – cerca de 5% do quadro de funcionários da empresa – perderam seus empregos. Novamente, o atual momento do mercado e as incertezas econômicas foram usadas como justificativa para as demissões.

Anteriormente, as exchanges Bitso, Gemini e Mercado Bitcoin também realizaram grandes cortes dos seus respectivos quadros de colaboradores para reduzir seus custos durante este momento de baixa do mercado de criptomoedas.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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