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Coinbase prevê inverno cripto mais longo para as altcoins

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Para a Coinbase, o inverno cripto será mais longo para as altcoins.
  • Em relatório contendo projeções para 2023, exchange afirma que investidores deverão se voltar ainda mais para o BTC e ETH.
  • Diversos temas foram abordados, como DeFi, NFTs, exchanges centralizadas e regulamentações.
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Para a maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) ampliarão a sua dominância perante as altcoins em 2023.

Em relatório divulgado na terça-feira (20), a Coinbase Institucional compartilhou as suas projeções para o ano de 2023. Diversos temas foram abordados, como DeFi, NFTs, exchanges centralizadas e regulamentações.

No entanto, o que mais chamou a atenção foi a crença de que o inverno cripto se estenderá para 2023, especialmente para as altcoins. Como destacado por David Doung, chefe de pesquisa institucional da exchange:

“Esperamos que a seleção de ativos digitais faça a transição para nomes de maior qualidade, como Bitcoin e Ether, com base em fatores como tokennomics sustentáveis, maturidade dos respectivos ecossistemas e liquidez relativa do mercado”.

Um dos motivos para isso seria que a “disposição dos investidores de acumular altcoins foi severamente afetada pela desalavancagem em 2022 e pode levar muitos meses para se recuperar totalmente. ” O relatório ainda observa que os fundamentos do BTC e do ETH não foram alterados, sendo mais evidenciados devido as condições atuais da economia global e atualizações de rede.

BTC e ETH seguem dominantes

Apesar do Bitcoin e Ethereum desvalorizarem mais de 50% em 2022, as altcoins apresentaram quedas ainda maiores durante o ano. Para a Coinbase, o domínio das duas moedas deve permanecer no ano que vem.

Em relação ao Bitcoin, isso se deve pelo fato de detentores de longo prazo estarem sob posse de 85% da sua oferta circulante. Dessa forma, há menos riscos de haver um despejo no mercado, visto que a comunidade não irá abandonar seus investimentos caso eles não deem retorno nos próximos meses.

Sobre o Ethereum, o relatório destaca o The Merge ocorrido em setembro. A bem-sucedida fusão da rede “apoia a narrativa fundamental do Ethereum como líder em um mundo multicadeia”.

Em contrapartida, as altcoins não conseguiram ter tanto destaque ou apresentar melhorias significativas este ano. Para a Coinbase, a recente falência da FTX ainda pode causar uma crise de liquidez que prejudique a alavancagem e ação de preço dessas moedas nos próximos meses.

“Projetos mais recentes foram particularmente atingidos por eventos recentes. Em particular, alguns desses protocolos emprestaram seus tokens para formadores de mercado que usaram a FTX como pool de liquidez. Esses projetos agora devem esperar até que o processo de falência seja finalizado para recuperar seus ativos, o que significa que eles podem não conseguir acessar grande parte dos tokens nativos de seus tesouros por vários anos.”

CEXs e mineradores não terão vida fácil

Para a Coinbase, o crash da sua rival e de outras companhias como a Celsius Network e Three Arrows Capital gerou uma onda de desconfiança nas demais exchanges centralizadas e empresas privadas. Isso fez com que muitos usuários migrassem para protocolos de finanças descentralizadas e de autocustódiatendência que deve permanecer em 2023.

“As ações desses maus atores se resumem a questões de confiança e transparência, que o DeFi historicamente lidou bem, devido às suas propriedades auditáveis on-chain.”

Vale ressaltar que a própria Coinbase tem tido em 2022 resultados financeiros bem abaixo dos registrados no ano passado. Outra exchange que tem sofrido duros golpes após o colapso da FTX é a Binance, com seu CEO assumindo que os próximos meses não serão fáceis.

Outro setor que deve seguir tendo vida dura é o de mineração. Segundo o relatório, “as precárias condições econômicas para os mineradores de Bitcoin parecem improváveis de melhorar no curto prazo”.

Doung ainda observa um estudo feito pela Glassnode, que mostra que os grandes mineradores tiveram que vender basicamente todos os BTC extraídos em novembro mais parte de suas reservas para conseguir custear as suas operações.

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Indústria NFT se tornando mais madura

O relatório também aborda projeções para o segmento de NFTs. A Coinbase reconhece que o setor sofreu com fortes quedas este ano. No entanto, isso pode ser interpretado como “uma correção saudável no contexto de uma trajetória mais ampla de adoção cíclica”.

Para a exchange, este mercado ainda está em seus estágios iniciais, com novas formas de utilização podendo impulsionar a sua adoção em 2023.

“A participação futura também pode ser impulsionada por novas formas de utilidade fora da arte/colecionáveis, incluindo identidade digital, emissão de bilhetes, associações/assinaturas, tokenização de ativos do mundo real e logística da cadeia de suprimentos.”

Regulamentações à caminho

Por fim, a Coinbase afirma que “o próximo ciclo de mercado de ativos digitais será moldado em parte significativa pelo desenvolvimento de padrões e estruturas para entidades regulamentadas.”

Isso deve ocorrer pelo fato das grandes falências cripto ocorridas em 2022, em especial a da FTX, aumentarem o senso de urgência entre os legisladores. O relatório concluiu que novas diretrizes poderão ser benéficas para os investidores e a indústria cripto como um todo, desde que não prejudiquem a liberdade de desenvolvimento e inovação.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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