As Olimpíadas de Inverno deverão ser palco para uso corrente da primeira moeda nacional em formato de criptomoeda. A China confirmou que planeja lançar do Yuan Digital na próxima edição do evento, esperada para 2022.
A confirmação foi dada em coletiva dada por Sun Guofeng, chefe de política monetária do Banco Popular da China. Segundo o executivo, testes do Yuan Digital estão sendo conduzidos internamente em Shenzhen, Suzhou, Xiongan e Chengdu.
Atualmente, cidadãos nessas cidades já usam o aplicativo oficial para comprar digitalmente usando o saldo da conta bancária. Segundo Sun, a intenção do governo chinês é utilizar a tecnologia durante os Jogos Olímpicos de Inverno. O evento está marcado para ter início em 4 de fevereiro de 2022 em Pequim.
Segundo a agência Reuters, porém, a China ainda não especificou a possível data de lançamento do dinheiro em versão criptomoeda.
A criptomoeda estatal chinesa funciona como uma versão eletrônica da moeda fiduciária nacional. Sua rede é centralizada, e não é possível minerar. O saldo em Yuan Digital equivale ao da moeda física depositada no Banco.
A usabilidade, por outro lado, tem o propósito de imitar WeChat e Alipay. Os aplicativos dos conglomerados Tencent e Alibaba são largamento usados no país e ganharam ainda mais tração com a crise sanitária causada pela pandemia.
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Yuan Digital será destinado a pequenas transações
A confirmação de que o Yuan Digital será usado nas Olimpíadas vem logo após o governo chinês negar que o dinheiro será usado em grandes transações. Representantes do Banco Popular da China contaram ao veículo Global Times que o dinheiro virtual será voltado para microtransações. Um dos focos será o mercado de delivery. Franquias famosas como Subway e McDonald’s, por exemplo, estão no pool de empresas que testam o sistema de pagamentos. Apesar da instituição confirmar testes internos em apenas quatro cidades, já se sabe que os experimentos já ocorrem em pelo menos 28 localidades no país.
Ameaça ao Bitcoin?
Novidades sobre a versão digital do Yuan também surgem logo após o co-fundador da Ripple, Chris Larsen, alertar sobre a soberania do país no mundo das finanças digitais. Para o investidor, a presença da maioria dos mineradores de Bitcoin em solo chinês pode significar que o país tenha controle sobre o protocolo. Segundo ele, a dominância poderia chegar ao ponto de os asiáticos bloquearem ou até reverterem transferências em criptomoedas.
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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