Para Kristen Bitterly, gerente de investimentos do Citibank, é mais provável que os mercados enfrentem um período de desaceleração e não uma grande recessão econômica.
Diversos mercados de capitais, inclusive o de criptomoedas, passaram por fortes quedas nos últimos meses, após apresentarem crescimentos consideráveis em 2020 e 2021. Motivos para a chegado do bear market não faltam, indo desde a alta da inflação e da taxa de juros nos Estados Unidos, o conflito Rússia X Ucrânia e os novos lockdowns implementados na China.
Com isso, um cenário onde o mundo terá que enfrentar uma grande recessão econômica parece cada vez mais provável para algumas das maiores instituições e players, como o JP Morgan Chase e Elon Musk fazendo alertas a este respeito. Porém, uma importante gerente da divisão bancária do Citigroup, maior empresa de serviços financeiros do mundo, não compartilha dessa visão tão pessimista.
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Qual caminho teremos pela frente?
Em entrevista cedida ao Yahoo Finance, Bitterly observou que há dois cenários prováveis para os próximos meses. O primeiro seria o de uma grande recessão que causara quedas e falências ainda maiores do que as atuais nas principais economias e mercado do mundo. O segundo, que segundo ela possui mais chances de acontecer, seria uma situação onde haveria apenas uma desaceleração do crescimento visto nos últimos anos.
Os motivos para a gerente do Citibank se apoiar no segundo cenário seriam as boas chances do governo dos EUA conseguir lidar rapidamente com os problemas que têm afetado a sua economia, especialmente a inflação. Ela ainda destaca que o mercado consumidor da maior economia do mundo continua “forte”, o que diminui as chances de que o inverno financeiro atual se prolongue.
Porém, alguns analistas e economistas acreditam num cenário mais pessimista. Chris Pollard, diretor-gerente e chefe de estratégia de mercado da Cowen, acredita que o ciclo atual de baixa não acabou, com os principais ativos financeiros podendo testar novas mínimas em breve. Já Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers, destaca que o Federal Reserve deve continuar aumentando a taxa de juros dos EUA, o que empurraria os mercados de renda variável, como o de ações e criptomoedas, para baixo.
O que falta para o mercado cripto decolar?
O mercado cripto tem dado sinais de recuperação nos últimos dias. O Bitcoin (BTC) conseguiu manter um importante nível de preço mesmo após a Tesla se desfazer de boa parte de suas reservas, enquanto o Ethereum (ETH) tem valorizado cada vez mais devido as expectativas do The Merge.
Porém, ambos os ativos e as demais altcoins ainda estão bem abaixo dos valores vistos no auge do último ciclo do de alta. A capitalização total desta indústria, que chegou a se aproximar de US$ 3 trilhões em novembro do ano passado, agora é de US$ 1,05 trilhão, de acordo com o CoinGecko.
Para uma importante figura desta indústria, as criptomoedas só voltarão a apresentar grandes valorizações de preço quando o FED mudar sua política atual de juros. Já para outros indivíduos, somente a chegada do próximo halving do BTC – marcado para 2024 – será capaz de iniciar um novo ciclo de alta de longo prazo.
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