O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto participou do seminário E agora, Brasil? promovido pelos jornais Valor Econômico e O Globo. O economista falou sobre a tokenização da economia e a moeda digital brasileira, Drex.
Drex terá integração com Inteligência Artificial (IA)voltada ao planejamento financeiro, revelou Campos Neto durante sua apresentação sobre os Desafios do Banco Central e a revolução dos pagamentos digitais.
DREX vai facilitar planejamento financeiro
A ideia do Bacen no futuro é incorporar a IA na blockchain da plataforma Drex para que a ferramenta auxilie no planejamento financeiro do cliente.
“A gente vai inserir uma inteligência artificial em cima da plataforma, que é para poder ajudar as pessoas a se programarem financeiramente em um jeito mais eficiente. Muita gente não tem educação financeira e, hoje, a gente consegue, com inteligência artificial, melhorar a vida das pessoas simplesmente direcionando, vamos dizer assim, sugestões”, disse Campos Neto.
Com 16 consórcios participantes, plataformas, empresas de tecnologia, grandes players e instituições financeiras trabalham no piloto do BC em soluções blockchain e tokenização da economia com uso da CBDC brasileira, Drex.
Atualmente os envolvidos estão testando interoperabilidade, segurança, escalabilidade e privacidade com transferências interbancárias, entre outras experiências.
“Tudo o que é feito em moedas digitais, a principal barreira é você conseguir ter escalabilidade e manter a privacidade ao mesmo tempo. Quando visito outros países ou conheço outros projetos de CBDCs esse é basicamente o desafio que todos estão tentando fazer” explicou Campos Neto.
Ele disse que os países que já lançaram CBDCs hoje sem passar por esse processo, não fizeram uma moeda digital inteira na blockchain. São as moedas digitais chamadas de híbridas. Caso da Índia, exemplificou.
A previsão do regulador é que a moeda digital chegue aos brasileiros a partir do fim de 2024 e seja implementada até 2025, como já disse Campos Neto em outras ocasiões.
Brasil avança com CBDC
Pioneiro no ecossistema cripto, com uma agenda digital e tokenizada, o presidente da autarquia também lembrou que o “Brasil inova com depósitos tokenizados e deve der seguido pelos demais países.”
Campos Neto falou sobre a redução de custos que as inovações irão trazer para sociedade. Para o economista o modelo brasileiro deve ser copiado pelos demais países que desenvolvem suas moedas digitais.
“Com a redução de custos, vemos que novos modelos de negócios podem surgir.”
Em outro momento explicou que os bancos não vão ser desintermediados. Ao contrário, ganharão eficiência com a troca de ativos e registros analógicos por digitais.
Integração Drex e Pix
O presidente do BC confirmou que Drex será totalmente integrado com o Pix via open finance.
“Estamos trabalhando também na ideia de ter pagamento off-line não só no Drex, mas também no Pix”, disse.
Dados do Banco Central mostram que em apenas três anos, o Pix foi responsável por incluir 71,5 milhões de usuários no sistema financeiro.
Em setembro deste ano, foram quase quatro bilhões de operações. Em outubro passado marcou o recorde de transações em 24 horas: 163 milhões.
O Pix Automático será lançado em 2024.
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