A exchange centralizada Bybit foi alvo do maior hack da história das criptomoedas, resultando em um prejuízo de mais de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões) em Ethereum (ETH) e stETH. O ataque ocorreu na sexta-feira (21) e teve impacto direto no mercado, levando à queda nos preços dos criptoativos.
O maior ataque já registrado
Esse ataque supera qualquer outro já registrado no setor. Até então, o maior roubo havia sido o da Mt.Gox, em 2014, com um prejuízo de US$ 470 milhões. Outros grandes incidentes incluem o hack da CoinCheck em 2018 (US$ 530 milhões) e o ataque à Ronin Bridge em 2022 (US$ 650 milhões).
De acordo com informações divulgadas, os fundos foram retirados da hot wallet da Bybit e parte deles já está sendo negociada em exchanges descentralizadas.
CEO confirma ataque
O cofundador e CEO da Bybit, Ben Zhou, confirmou o incidente em uma publicação na rede social X. Segundo ele, alguém manipulou uma transferência planejada, o que resultou na perda dos fundos. Zhou explicou que um hacker assumiu o controle de uma carteira fria específica de ETH e desviou todos os ativos para um endereço desconhecido. Ele garantiu que todas as outras carteiras frias da plataforma permanecem seguras e que os saques seguem normais para os usuários.
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Impacto no mercado
A repercussão do ataque teve reflexos imediatos no preço das criptomoedas. O Ethereum recuou cerca de 3% em uma hora, sendo negociado a US$ 2.727. Já o Bitcoin teve queda de quase 1%, chegando a US$ 98.091.
Antes mesmo do anúncio oficial da Bybit, o pesquisador de segurança ZachXBT alertou sobre movimentações suspeitas na exchange. Segundo ele, o invasor dividiu os fundos em 39 endereços diferentes para dificultar o rastreamento.
Como ocorreu o ataque
A Bybit detalhou que o incidente ocorreu quando sua carteira fria multisig de ETH executou uma transferência para a carteira quente. A transação teria sido manipulada por um ataque sofisticado que mascarou a interface de assinatura, exibindo o endereço correto, mas alterando a lógica subjacente do contrato inteligente. Assim, o hacker conseguiu obter o controle da carteira e transferir os fundos para outro endereço.
Bybit garante solvência
Mesmo diante da perda bilionária, Zhou afirmou que a Bybit continua solvente e capaz de absorver o prejuízo.
“Todos os ativos dos clientes estão respaldados em uma proporção de 1 para 1, e podemos cobrir a perda”, assegurou o CEO.
O caso reforça a necessidade de segurança reforçada no setor cripto, especialmente em plataformas centralizadas, que continuam sendo alvos frequentes de ataques cibernéticos.
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