Já passa de R$ 95 bilhões a quantia em criptomoedas declaradas por brasileiros à Receita Federal em 2021.
Os números estão no último relatório publicado pela Receita e correspondem pelas declarações recebidas até o final de maio de 2021.
- Não entendeu algum termo do universo Web3? Confira no nosso Glossário!
- Quer se manter atualizado em tudo o que é relevante no mundo cripto? O BeInCrypto tem uma comunidade no Telegram em que você pode ler em primeira mão as notícias relevantes e conversar com outros entusiastas em criptomoedas. Confira!
- Você também pode se juntar a nossas comunidades no Twitter (X), Instagram e Facebook.
Até 31 de maio, brasileiros declararam operações com exatos R$ 95.043.500.000 em criptomoedas. Dessas, quase a metade (R$ 46,37 bilhões) foram referentes aos meses de abril e maio, o que coincidiu com a disparada do Bitcoin para a máxima de US$ 64.804,72 registrada em 14 de abril.
É importante lembrar que a declaração de ganhos de capital com criptomoedas, conforme previsto na Instrução Normativa 1.888 da Receita Federal, deve ser realizada mensalmente, e não apenas na Declaração de Imposto de Renda.
Os registros da Receita envolvem declarações de pessoas físicas e jurídicas, e distinguem operações realizadas em exchanges nacionais, que são a maioria, além de corretoras estrangeiras ou sem o intermédio delas, como ocorre na compra via P2P ou entre pessoas físicas.
Os mais de R$ 95 bilhões declarados nos primeiros cinco meses do ano equivalem também a quase o triplo do declarado no mesmo período de 2020. Ano passado, a Receita registrou apenas R$ 32,91 bilhões.
Aumenta número de empresas que investem
Existem pouco mais de 592 mil indivíduos e 6.257 empresas que investem em criptomoedas no Brasil segundo os dados de maio. Enquanto o número de Pessoas Físicas caiu de abril para maio, um movimento inverso foi visto entre CNPJs, que passou por aumento de quase 11% de mês para o outro.
A Receita, porém, não diferencia o porte das empresas, então não é possível saber se por trás de CNPJs estão investidores individuais ou companhias brasileiras adicionando Bitcoin ao caixa, como ocorre nos EUA.
Publicamente, apenas uma pequena startup anunciou algo parecido até aqui: nenhuma empresa listada em bolsa confirmou aquisição de Bitcoin. Exchanges nacionais, no entanto, dizem já atender esse público, como é o caso da Foxbit, que lançou recentemente um braço focado em clientes institucionais. Esse é também um dos alvos do Mercado Bitcoin após se tornar o primeiro unicórnio cripto da América Latina.
Altcoins mais negociadas
O Bitcoin é de longe a criptomoeda com maior volume de negociações segundo os dados da Receita – R$ 36,5 bilhões. Entre as altcoins, a mais negociada até agora é a ETH, com o equivalente a R$ 9,1 bilhões, seguida pela XRP, com R$ 5,1 bilhões acumulados em trades de janeiro a maio.
Logo depois vem a Chiliz (CHZ), com R$ 4,97 bilhões negociados. Bem atrás está a Dogecoin (DOGE), que soma R$ 1,2 bilhão em trades.
Os dados da Receita também mostra um alto grau de adesão do brasileiro a stablecoins pareadas ao dólar. No total, tokens como BUSD, DAI, TUSD, USDC e USDT somam R$ 25,2 bilhões em trades até maio deste ano. Não fica claro, porém, quanto desse montante foi trocado por outras criptomoedas, liquidado em reais ou mantido nas contas dos usuários.
Outro destaque é a stablecoin BRZ, pareada ao real, que registra R$ 2,1 bilhões nos primeiros cinco meses do ano.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.