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BlackRock mira Arábia Saudita após ETFs de Bitcoin

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Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A BlackRock se expande na Arábia Saudita após o sucesso do ETF Bitcoin.
  • Larry Fink se reúne com líderes sauditas com meta de PIF de US$ 925 bilhões.
  • A Arábia Saudita apresenta desafios como os direitos humanos e a dependência do petróleo.
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Após o lançamento bem-sucedido do ETF de Bitcoin, a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, agora está de olho na Arábia Saudita.

A empresa pretende expandir sua presença no setor financeiro do reino.

Por que a BlackRock pretende se expandir na Arábia Saudita

De acordo com a Bloomberg, o CEO da BlackRock, Larry Fink, visita Riad com frequência e se relaciona diretamente com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. A empresa foi a primeira grande gestora de investimentos globais a abrir um escritório em Riad, enfatizando seu compromisso com o mercado saudita.

Esse movimento estratégico coloca a BlackRock em uma posição privilegiada para acessar o Fundo de Investimento Público (PIF), de propriedade do Estado, que controla aproximadamente US$ 925 bilhões.

“O Oriente Médio é um mercado importante para a BlackRock, tanto em termos de oportunidade de investimento para nossos clientes quanto para o crescimento contínuo de nossos negócios internacionais. Temos relacionamentos de longa data com clientes no Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos”, disse um porta-voz da BlackRock.

Meta do governo para investimento estrangeiro direto na Arábia Saudita
Meta do governo para investimento estrangeiro direto na Arábia Saudita. Fonte: Bloomberg

A Arábia Saudita apresenta uma mistura complexa de oportunidades e desafios. O reino está diversificando ativamente sua economia para além de sua tradicional base petrolífera. Essa mudança faz parte da visão do príncipe herdeiro Mohammed de modernizar a economia, tornando a Arábia Saudita um mercado atraente para os investidores estrangeiros.

No entanto, investir na Arábia Saudita tem seu conjunto de controvérsias. As questões de direitos humanos do reino e sua dependência do petróleo geram preocupações para os investidores que se concentram em fatores éticos e ambientais.

No entanto, Fink defende o “envolvimento corporativo” para promover mudanças econômicas e sociais no país.

O apelo de investimento da Arábia Saudita é ainda mais complicado por sua situação geopolítica. Conhecida por sua volatilidade, a região apresenta riscos à estabilidade do mercado e aos retornos dos investimentos. Apesar desses desafios, a estratégia da BlackRock de se envolver diretamente com os líderes regionais e estabelecer uma presença local visa a mitigar esses riscos.

BlackRock surfa em ETF de Bitcoin

Além disso, a BlackRock continua inovando, como demonstrado pelo lançamento de seu iShares Bitcoin Trust. Esse desenvolvimento marca uma diversificação estratégica para a empresa.

Após seu lançamento, em janeiro de 2024, o IBIT atraiu rapidamente US$ 15,3 bilhões em fluxos de entrada. Esse movimento também demonstra a agilidade da BlackRock em aproveitar oportunidades de mercado.

Leia mais: ETF de Bitcoin: vantagens e desvantagens de se investir em ETFs

Apesar do entusiasmo com os ETFs de Bitcoin, o mercado passou por flutuações. Por exemplo, a entrada líquida geral em ETFs de Bitcoin à vista enfrentou recentemente desafios, com a BlackRock registrando menos de US$ 100 milhões em entradas nesta semana.

Quantidade de participações em ETFs de Bitcoin
Quantidade de participações em ETFs de Bitcoin. Fonte: CryptoQuant

Isso se alinha com a luta do mercado de criptomoedas, já que o preço do Bitcoin caiu quase 15% em relação a sua máxima histórica.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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