Em meio a mega liquidação oferecida pela FTX, as sardinhas – como são chamados os investidores que possuem até 1 BTC- acumularam Bitcoin como nunca antes na história.
A plataforma de análises Glassnode registrou um pico de acumulação após o colapso da FTX nessa categoria de investidores que usualmente se desfazem dos ativos no meio das crises. Durante o ciclo de alta, as carteiras que detém até 1 BTC já tinham apresentado um aumento significativo.
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Ainda não há um consenso na comunidade se o BTC já atingiu o fundo, entretanto é inquestionável que o ativo está em um ciclo de baixa nos últimos meses.
SponsoredSardinhas quebrando recordes
Ao contrário de ciclos anteriores, as sardinhas estão demonstrando maior resiliência no atual ciclo do inverno cripto e estão mais sedentas por comprar Bitcoin com desconto. Como em uma autêntica “Black Friday”, aglomeradas batalhando em frente às lojas, elas voltaram a acumular no início de novembro adicionando 96.200 BTC nas últimas semanas.
De acordo com os dados apresentados pela Glassnode, o cardume já detém mais de 1,21 milhão de BTC, o equivalente a 6,3% da oferta em circulação. Um aumento de saldo recorde para essa categoria de investidor.
A situação é semelhante com as carteiras que detém entre 1 BTC e 10 BTC. Foi observado um “aumento de saldo agressivo” de 191.600 BTC nos últimos 30 dias, quebrando o pico recorde de acumulação em julho de 2022 de 126.000 BTC.
Porém, a Glassnode alertou que as baleias de Bitcoin estão reduzindo suas participações ao descarregar 6.500 BTC nas exchanges durante o mesmo período. No entanto, a plataforma destacou que essa distribuição permanece “muito pequena” em relação ao total de 6,3 milhões de BTC.
O contágio da FTX reduziu ainda mais os preços
No início de novembro o Bitcoin foi negociado acima de US$ 21.000, porém, caiu abaixo de US$ 16.000 na segunda-feira passada, quando o contágio causado pelo colapso da FTX se espalhou rapidamente afetando empresas como Genesis Global, Gemini e BlockFi.
O episódio afetou a confiança dos investidores nas exchanges centralizadas (CEX) resultando em um número significativo de movimentação de Bitcoin para carteiras de autocustódia. Conforme relatado pela Santiment, a oferta de Bitcoin nas CEX caiu para 6,95%, menor nível desde 2018.
