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Bitcoin sobrevive ao teste de queda de US$ 100 mil: o que vem a seguir?

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Escrito e editado por
Lucas Espindola

08 novembro 2025 08:49 BRT
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  • Bitcoin caiu brevemente para menos de US$ 100 mil, mas se recuperou rapidamente enquanto baleias acumularam cerca de 29.600 BTC (3 bilhões de dólares).
  • Analistas associam queda a drenagem temporária de liquidez devido a aperto fiscal dos EUA, não a topo de ciclo.
  • Expansão de liquidez e novo gasto fiscal podem impulsionar próxima alta do Bitcoin no início de 2026.
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A recente queda do Bitcoin abaixo dos US$ 100 mil testou os nervos dos investidores e a convicção do mercado. No entanto, a maior criptomoeda rapidamente se recuperou, reafirmando seu novo piso psicológico.

Analistas concordam que, apesar da turbulência de curto prazo, a tendência estrutural para o Bitcoin permanece intacta e potencialmente otimista. A maioria dos especialistas vê a paralisação do governo dos EUA como uma restrição significativa aos preços no mercado atual.

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PlanB: meio do ciclo, não mania

PlanB, criador do modelo Stock-to-Flow (S2F), considera a correção como uma pausa no meio do ciclo. Seus dados mostram que o Bitcoin se manteve acima de US$ 100 mil por seis meses consecutivos, representando uma grande mudança de resistência para suporte.

Gráfico de Indicadores Técnicos do Bitcoin. Fonte: Youtube/PlanB


Ele argumenta que o mercado ainda não atingiu a euforia, com o RSI ainda em torno de 66, bem abaixo dos níveis superaquecidos de 80+ dos topos de ciclos passados.

“Sem essa fase de mania”, ele comenta, “provavelmente não estamos no topo final.”

PlanB espera que a próxima grande alta possa mirar no intervalo de US$ 250 mil a US$ 500 mil, desde que o Bitcoin continue divergindo de seu preço realizado — uma característica de mercados em alta contínua.

Arthur Hayes: flexibilização quantitativa discreta à frente

Arthur Hayes relaciona a fraqueza de curto prazo do Bitcoin ao aperto na liquidez do dólar americano. Desde que o teto da dívida dos EUA foi elevado em julho, a Conta Geral do Tesouro (TGA) aumentou, drenando liquidez dos mercados.

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Hayes comenta que essa dinâmica causou a queda tanto dos índices de liquidez do Bitcoin quanto do dólar em conjunto.

No entanto, ele prevê que a inversão — uma vez que o governo dos EUA reabra e gaste seu saldo do TGA — marcará o início de uma “QE oculta”.

O Fed, ele argumenta, injetará liquidez indiretamente através do Standing Repo Facility, expandindo seu balanço sem declarar oficialmente como flexibilização quantitativa.

Em suas palavras: “Quando o Fed começar a descontar os cheques dos políticos, o Bitcoin subirá.”

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Raoul Pal: a inundação de liquidez está por vir

O modelo de liquidez de Raoul Pal traça um cenário semelhante. Seu Índice de Liquidez Global Macro Investor (GMI) — que acompanha a oferta monetária global e o crédito — permanece em uma tendência de alta a longo prazo.

Pal denomina a fase atual de “Janela de Dor”, em que a rigidez da liquidez e o medo dos investidores testam a convicção. Mas ele espera uma inversão acentuada em breve.

O gasto do Tesouro injetará US$ 250 a 350 bilhões nos mercados, a contração quantitativa terminará e cortes nas taxas seguirão.


Com a expansão da liquidez globalmente — dos EUA à China e Japão — Pal afirma: “Quando esse número sobe, todos os números sobem.”

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A Perspectiva: Acumulação antes da Expansão

Entre modelos, o consenso é claro: o Bitcoin resistiu à correção impulsionada por liquidez. Grandes investidores estão comprando, o suporte técnico se manteve, e o cenário macroeconômico aponta para uma renovação da expansão da liquidez.

A volatilidade de curto prazo pode persistir à medida que engrenagens fiscais e monetárias se realinham, mas estruturalmente, a próxima fase favorece uma recuperação gradual e acumulação.

Se os indicadores de liquidez começarem a subir novamente no primeiro trimestre de 2026, tanto Hayes quanto Pal sugerem que o próximo rali do Bitcoin pode se desenrolar a partir da mesma base que acabou de sobreviver — o teste de queda dos 100 mil dólares.

Além disso, dados do CryptoQuant indicam que grandes investidores de Bitcoin — carteiras com 1 mil a 10 mil BTC — adicionaram aproximadamente 29.600 BTC na última semana, avaliados em cerca de US$ 3 bilhões.

Seu saldo coletivo subiu para 3.504 milhões de BTC. Isso marcou a primeira fase significativa de acumulação desde setembro.

Essa onda de compras ocorreu quando o sentimento do varejo despencou e ETFs registraram 2 bilhões de dólares em saídas.
Analistas interpretam essa divergência como um sinal de que os players institucionais estão silenciosamente recarregando, fortalecendo a zona de suporte do Bitcoin perto de US$ 100 mil.

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