O Crypto House of Commons (CHOC) reuniu na capital paulista representantes do setor público como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de especialistas de renome com muita experiência, traders e juristas para debater assuntos relacionados a todo o ecossistema web 3.0
Durante o painel ‘Análises de projetos, investimentos no mundo cripto, análise técnica e gráfica no mundo Web3: navegando por novos mares ‘, o CEO da Enfoque Informações Financeiras com quatro décadas e meia de Análise Técnica, Fausto Botelho, afirmou que:
” O Bitcoin vai substituir o dólar como reserva de valor e isso pode acontecer mais rápido do que esperamos, porque é a única moeda descentralizada e que portanto não pertence a nenhum país, pertence a “we the people”.
Botelho, que além de trader é entusiasta da criptomoeda, explica que apesar de questões ainda sem soluções – como por exemplo como os Bancos Centrais vão lidar com o dilema descentralização x centralização de dados e poder – ao mesmo tempo que estão criando suas moedas digitais – o avanço da maior cripto do mercado é inevitável.
Fausto acredita que a inflação na maior economia do planeta ainda vai subir e o inverno cripto está longe do fim.
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Os desafios para o Bitcoin se tornar uma reserva de valor global
Trader especialista em mercado Futuro, Iara Thamiris Laurentino Alves presente no mesmo painel, lembrou a teoria de Dow para citar os períodos cíclicos que o mercado vive e não acredita que o Bitcoin possa ser considerado uma reserva de valor nos próximos anos, uma vez que perdeu 80% do próprio valor em meses e a adoção global cripto ainda é muito pequena. 4,2% da população geral possui critpomoedas, segundo um estudo recente do Credit Suisse.
“A gente vive tendências de altas e baixas e precisamos nos moldar, além do mais não existe set up milagroso e quem acerta todos os ciclos” diz Thamiris.
O Superintendente de Supervisão de Investidores Institucionais da Comissão de Valores Mobiliários, Daniel Maeda falou sobre as barreiras e dificuldades para o avanço do ecossistema cripto no país.
“Acho que uma dificuldade já bastante reconhecida é a dificuldade no campo legal, legislativo. Até hoje não temos nenhum marco legal para nenhum aspecto dos criptoativos.”
Maeda disse que a PL cripto – que pode ser votada nos próximos dias – seria o equivalente a primeira geração, que regula as exchanges, por exemplo, e explica: “lá fora a gente já vê legislações de segunda geração, avançando mais sobre aspectos legais de constituição, emissão, distribuição dos criptos. Da própria qualificação e conceituação desses tipos de ativos, enquanto aqui no Brasil ainda estamos tentando emplacar a primeira geração de legislação”
CVM de olho no mundo cripto
O Superintendente da CVM também conta que há uma barreira mais estrutural no órgão, e isso não afeta só cripto, mas qualquer assunto novo que a autarquia queira “abraçar e expandir a capacidade. É preciso fazer concursos para trazer mentes novas que já convivam com esse ambiente Web3, é preciso trazer mais fôlego interno para esse assunto (cripto).”
Hoje a realidade do órgão ligado ao ministério da Economia é outra. Há pessoas com no mínimo mais de uma década trabalhando na entidade.
“Mas a CVM realmente tenta sempre se manter muito aberta e disponível para trabalhar, conversar. Acho que a gente pode chegar com o apoio do mercado, a consensos bem importantes de produtos, serviços nesse ecossistema que sejam até mesmo regulados pela CVM, que tem um conceito muito pró-inovação e o cripto é uma delas” conta Daniel.
E concluí dizendo que a CVM está acompanhando com atenção as discussões e avanços sobre o ecossistema.
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