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Bitcoin: a melhor ferramenta de poupança após o halving

4 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • O Bitcoin (BTC) é considerado uma ferramenta de poupança superior devido à sua escassez imutável e resistência contra a desvalorização de ativos.
  • Os ativos tradicionais, como moeda fiduciária, ações e até mesmo ouro, estão sofrendo uma perda significativa de valor devido ao excesso de produção e à inflação.
  • Após o abate, espera-se que a inflação de oferta reduzida do Bitcoin gere uma valorização significativa do preço, com base nas tendências históricas.
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Os ativos tradicionais são desvalorizados devido ao excesso de produção e à inflação. O Bitcoin surge como um farol de estabilidade com sua escassez imutável e propriedades monetárias superiores.

À medida que se aproxima o próximo halving do Bitcoin, especialistas e analistas de mercado destacam o BTC como a ferramenta definitiva para poupança de longo prazo.

Bitcoin: a melhor ferramenta de poupança

De acordo com um novo relatório, os atributos exclusivos do Bitcoin o colocam à frente dos instrumentos tradicionais de poupança. O pesquisador Joe Burnett, da Unchained, explicou que o próximo halving do Bitcoin, que reduzirá a recompensa de mineração de 6,25 BTC para 3,125 BTC por bloco, deverá consolidar o papel do Bitcoin como um meio de poupança de primeira linha.

Burnett descreveu o ambiente econômico moderno como uma “armadilha da inovação”. Nesse caso, os rápidos avanços tecnológicos e a concorrência de mercado levam a um excesso de oferta de bens e serviços, fazendo com que os valores dos ativos caiam.

Leia mais: O que é o Halving do Bitcoin? Tudo o que você precisa saber

Ele argumentou que, em tal cenário, armazenar uma riqueza significativa fora do Bitcoin será “cada vez mais difícil” por causa da desvalorização dos ativos tradicionais.

“O Bitcoin pode ser a classe de ativos que cada vez mais captura uma parcela significativa da riqueza total do mundo, tudo isso em um momento em que ela está aumentando rapidamente devido à aceleração implacável da inovação. Em um mundo de abundância, hiperprodutividade e mercados intensamente competitivos, armazenar uma riqueza significativa fora do Bitcoin será cada vez mais difícil”, disse Burnett.

O pesquisador também destacou que ativos tradicionais, incluindo, moedas fiduciárias, ações e imóveis, são suscetíveis à erosão do valor ao longo do tempo. Por exemplo, o dólar americano se desvalorizou significativamente, caindo 92,8% nos últimos cinco anos, quando medido em relação a bens de consumo básicos.

Poder de compra do dólar americano
Poder de compra do dólar americano. Fonte: Statista

Essa tendência se reflete em outras classes de ativos, com o título do Tesouro de 20 anos caindo mais de 94,8% no mesmo período.

Ativos em queda

Nem mesmo os metais preciosos, como ouro e prata, estão imunes. Apesar de sua reputação histórica como reservas estáveis de valor, a maior eficiência nas tecnologias de mineração e produção, por exemplo levou a um aumento na oferta, o que, por sua vez, diminui seu valor.

“Há praticamente infinito ouro no universo, e há até mesmo um valor estimado de cerca de US$ 771 trilhões de ouro apenas nos oceanos da Terra (cerca de 70 vezes a oferta circulante atual). A oferta potencial de ouro em circulação não tem limite sério, e os detentores de ouro terão suas economias infinitamente desvalorizadas à medida que a humanidade se tornar mais produtiva na mineração e extração de ouro”, explicou Burnett.

Essas descobertas ressaltam os retornos cada vez menores dos investimentos tradicionais e destacam a crescente relevância do Bitcoin. Burnett argumentou que a “escassez absoluta e imutável” do Bitcoin funciona como ferramenta de poupança, principalmente em uma economia hipercompetitiva e voltada para a inovação.

Os efeitos do halving no BTC

Conforme o halving se aproxima, reduzindo a inflação da oferta de Bitcoin em 50%, Burnett apontou que isso diminuirá a pressão de venda e potencialmente levará a uma valorização significativa do preço.

Da mesma forma, o vice-presidente de crescimento da Kraken, Matthew Howells-Barby, observou que o halving do Bitcon catalisou historicamente aumentos substanciais de preços. Novas máximas históricas são normalmente alcançados em um ano após o halving.

“O halving do Bitcoin serve, historicamente, como um ponto de partida para a descoberta de novos preços no BTC. Novas máximas históricas foram alcançadas no ano seguinte a cada um dos três últimos halvings, superando todos os ganhos obtidos no ano anterior”, disse Howells-Barby ao BeInCrypto.

Ele explicou que o influxo dos ETFs de Bitcoin à vista provavelmente acelerou a valorização do BTC mais do que o previsto. Portanto, está preparando o terreno para outro ciclo de alta após o halving.

Histórico de participações do ETF Bitcoin
Histórico de participações em ETFs de Bitcoin. Fonte: CryptoQuant

Bitcoin em alta

As previsões de preço colocam o Bitcoin entre US$ 100.000 e US$ 120.000 no atual mercado em alta. Previsões de longo prazo ainda mais otimistas de analistas como o de Cathie Wood preveem que o BTC poderá atingir US$ 1,48 milhão até 2030. Por esse motivo, o argumento a favor do Bitcoin como uma ferramenta de poupança superior é convincente.

“Uma das diferenças mais significativas deste ciclo em relação aos anteriores é o mix de investidores. Os ETFs de Bitcoin à vista trouxeram um volume maior de capital institucional, o que deveria, em teoria, reduzir a volatilidade do preço em um período de tempo mais longo. Ainda acredito que passaremos por futuras condições de mercado em baixa, mas o potencial de alta é ainda maior”, concluiu Howells-Barby.

O argumento da superioridade do Bitcoin está em seu desempenho e em sua tecnologia fundamental. Ela garante que nenhum outro Bitcoin possa ser criado além de seu limite de 21 milhões. Esse aspecto do Bitcoin é particularmente pertinente à medida que o halving se aproxima, destacando sua resiliência contra a inflação e sua capacidade de se proteger contra a incerteza econômica.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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