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Bitcoin chega aos US$ 100 mil antes do halving? Perguntamos para especialistas

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O Bitcoin chegará a US$ 100 mil antes do halving? Especialistas do mercado respondem.
  • Maioria dos entrevistados está otimista em relação a este cenário.
  • Análise técnica e dados do fluxo do mercado corroboram com a perspectiva de alta.
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Com um salto expressivo de quase 10% nos últimos sete dias, o Bitcoin (BTC) registrou um novo preço recorde e hoje é negociado acima de US$ 72.000. Até quando o ativo seguirá em alta?

Segundo especialistas, analistas e trades do mercado, o sentimento é positivo. Além do halving, previsto para acontecer por volta de 22 de abril, a recente aprovação da SEC dos ETFs de Bitcoin à vista também tem impulsionado o preço da maior criptomoeda do mundo.

Otimismo e cautela antes do halving

Para o Head de Research no MB, André Franco, a expectativa, dado o fluxo dos ETFs, é que o Bitcoin consiga atingir US$ 100 mil dólares até antes mesmo do halving.

“Estamos há 35 dias do evento e um fluxo que bateu o recorde na terça-feira (12), de mais de 1 bilhão de dólares entrando em ETF, e um fluxo médio, na média de 300 a 500 milhões de segunda a sexta, mostra que o apetite institucional está muito grande. E se toda essa prerrogativa do Bitcoin lá em junho, com o pedido de ETF da BlackRock, foi o que trouxe a moeda até esse patamar de recorde de preço antes do halving, acho possível que aconteça essa pernada de mais 30 mil dólares para chegar aos 100 mil dólares.”

O gestor e diretor de investimentos da QR Asset, Theodoro Fleury, lembra a alta do Bitcoin de cerca de 70% apenas em 2024, sendo a primeira vez que ele atinge a sua máxima histórica antes do halving

“Esse movimento foi apenas uma antecipação, devido principalmente ao forte fluxo que entra nos novos ETFs americanos, e, como ocorreu nos ciclos anteriores, uma parte substancial da alta esperado por muitos para o Bitcoin deve ocorrer após o halving.”

“Não custa lembrar que, mesmo em 2017, quando o BTC subiu mais de 1.000% no ano, houve diversos episódios ao longo do ano onde o ativo corrigiu 30% ou mais, dentro daquela tendência de alta. Portanto, como ainda não vimos nenhuma correção significativa após o Bitcoin registrar as máximas históricas recentes, e dado que podemos entrar em um período de maior turbulência nos mercados tradicionais, acreditamos que o Bitcoin só superará os US$ 100 mil dólares após o halving.”, diz o Fleury.

Fábio Murad, sócio da Ipê Investimentos, também está otimista com a previsão de que o Bitcoin atingirá US$ 100 mil até o final de março.

“O histórico sugere que, após superar seu recorde, o Bitcoin tende a seguir uma extensão de Fibonacci, alcançando esse valor. Com o recente aumento no preço e no volume de negociação, o cenário parece favorável. Se isso se concretizar, será um marco significativo para o Bitcoin e para o mercado de criptomoedas na totalidade”, explica Murad.

Economista em cripto desde 2017, o pesquisador Christian Gazzetta ressalta que apesar da associação histórica do halving com as altas do Bitcoin, o volume de venda dos mineradores já é discreto demais (0,1% do volume total) para que o halving explique a valorização em 2024.

“ Esse ciclo começou parecido com os anteriores: investimentos externos (dessa vez, via ETFs) impulsionam o BTC e a alta “transborda” para os demais ativos à medida que os investidores buscam posições mais arrojadas (bitseason puxa altseason). Esse “transbordamento” é uma via de mão dupla: parte dos ganhos com “altcoins” tende a voltar para o BTC, gerando um ciclo virtuoso.”, afirma Gazzeta.

Leia mais: 4 criptomoedas que podem atingir novas máximas em abril

Especulação

Para o economista, o influxo em ETFs está longe de acabar. Alocações de fundos de pensão, fundos soberanos e outros institucionais de peso ainda dependem de due diligence e muita deliberação — ou seja, a força compradora deve desacelerar, mas se manter intensa por muitos meses.

“Além disso, o Bitcoin ainda deve ganhar impulso com a altseason. Fatores para acompanhar: ETF de Ether, desdobramentos do upgrade Dencun e novos setores (DePIN, DeSocial, DeSci), além da “volta” dos NFTs e dos cripto jogos.

Sendo assim, acho difícil que os próximos 39 dias tragam os 39% que faltam para o tão sonhado BTC a US$100 mil.”, opina Christian que também é consultor de tokenomics do jogo Web3 Plushie Guardians.

René Gerin, que atua no mercado cripto desde 2016 e trabalha com soluções para mineração de Bitcoin, acredita que os US$ 100 mil devem vir antes do halving.

“Temos muitos fundamentos de preço para este ciclo, começando pela demanda institucional gerada pelos ETF’s Spot de BTC aprovados nos EUA. Hoje já estamos em um patamar de demanda diária de Bitcoin 10 vezes superior à oferta gerada pelos mineradores, e aumentando.

Além disso, fundos soberanos e empresas também já estão sinalizando formação de posição no ativo em suas reservas – um fluxo de entrada de capital sem precedentes.

O varejo, por sua vez, que historicamente sempre teve grande influência compradora, está apenas iniciando seu movimento de entrada. A resultante é que o efeito de escassez gerado pelo próximo halving será provavelmente o mais agressivo até hoje, e se o mercado tiver entendido isso, o preço deverá seguir subindo fortemente antes do evento.”, diz Gerin

BTC a US$ 100 mil depois do halving

Desde 2019 como CEO da Criptomaníacos, Guilherme R. acredita que o BTC chega aos US$ 100 mil após o halving.

Para ele, o preço já está muito esticado em relação ao histórico, devido à entrada dos institucionais, dos ETFs injetando muito dinheiro, gerando uma corrida entre empresas e gestoras.

“No caso, a gente viu a MicroStrategy pegando emprestado, entre aspas, bilhões de dólares para fazer compra de Bitcoin. No dia seguinte, a BlackRock bate o recorde com a entrada de US$ 1 bilhão em um único dia. E no dia seguinte, que foi na terça-feira (12), mais uma vez, a MicroStrategy divulga que vai capitar no mercado US$ 500 milhões para injetar em bitcoin. Então é uma corrida. É uma corrida entre várias empresas, vários assets para ver quem vai ter mais Bitcoin.

Conforme Michael Saylor disse, quem tiver mais Bitcoin vence, no caso, essa corrida. E eles não querem ficar para trás. Estamos vendo também a Coinbase copiando o mesmo que o Saylor vem fazendo. E provavelmente vai usar esse valor que eles vão pegar no mercado para comprar Bitcoin. Então já virou uma estratégia de mercado, uma competição entre várias empresas. Isso, obviamente, impulsiona o preço muito fortemente para cima.

Mas se eu tivesse que chutar, eu diria que isso (BTC a US$ 100 mil) vai acontecer depois do halving, diz Guilherme

Leia mais: Como comprar Bitcoin (BTC) e tudo o que você precisa saber

Análise Técnica do BTC aponta alta

Com base na teoria de Ondas de Elliot e Projeções de Fibonacci, Ana de Mattos, analista Técnica e trader Parceira da Ripio, acredita que o preço do Bitcoin está trabalhando em um forte spike de alta nas últimas semanas e por isso, ofereceu poucas oportunidades de novas compras para quem faz aportes durante os momentos de correção dos preços.

“Dito em outras palavras, o Bitcoin subiu sem trégua e faltaram quedas para quem aguarda o preço cair para comprar mais barato.”

Fonte: Ripio/Ana Mattos

Mattos explica que em 12 de março, o Bitcoin fez uma breve correção no preço e atingiu a mínima do dia em US$ 68.620. No entanto, a queda foi rapidamente absorvida pela força compradora, que fez com que a principal criptomoeda do mercado atingisse um novo ATH (all-time high) ao ser negociada por US$ 73.650 em 13/03.

“Ao projetar a expansão de Fibonacci, podemos observar que o preço do Bitcoin poderá atingir o primeiro nível da expansão nos US$ 81.857.

E se a força compradora continuar no mercado no longo prazo (o que tem se provado cada vez mais possível graças à escassez de moedas disponíveis), o preço do Bitcoin poderá ultrapassar os US$ 100 mil.”, finaliza Ana de Mattos.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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