Nesta sexta-feira (17), o Bitcoin voltou a ser negociado acima de US$ 27.000 – algo que não acontecia desde junho de 2022.
A maior criptomoeda do mundo segue em tendência de alta que começou no último sábado (11), renovando novamente a sua máxima anual nas últimas horas. De acordo com dados do CoinGecko, o BTC atingiu uma alta de US$ 27.085 nesta manhã, acumulando uma valorização de mais de 30% nos últimos sete dias.
Apesar de não conseguir se manter acima do nível de US$ 27.000, sendo negociado no fechamento da matéria em US$ 26.810, o BTC ainda opera com alta de 7,7% no dia, sendo um dos líderes do mercado cripto.
Outros ativos em destaque são o Ethereum (ETH) e BNB (BNB), com altas de 5,4% e 7,6% nas últimas 24 horas, respectivamente. Análises indicam que o token nativo da Binance, negociado atualmente em US$ 335, pode em breve superar o nível de US$ 400.
O que tem impulsionado o Bitcoin?
Curiosamente, a atual tendência de alta do Bitcoin começou assim que a crise bancária nos Estados Unidos veio à tona. Para alguns, isso se deve ao fato da criptomoeda operar fora do sistema financeiro tradicional. Dessa forma, ela pode ser vista como algo mais atrativo para aqueles que desejam fugir da possível recessão econômica que está por vir.
Porém, outros acreditam que a valorização se deve às possíveis medidas que serão tomadas pelos governos e órgãos reguladores para conter o contágio no sistema bancário mundial. Nesta semana, um analista do JPMorgan Chase afirmou que o Federal Reserve deve injetar até US$ 2 trilhões para conter a crise.
Em tese, mais capital inserido na economia beneficia os mercados de renda variável, com uma parcela desse montante podendo ser destinada a indústria cripto – o que explica a alta do BTC e demais criptomoedas.
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US$ 160 milhões são liquidados
Nem todos têm motivos para celebrar a recente alta do mercado. De acordo com a CoinGlass, cerca de US$ 160 milhões foram liquidados em operações cripto nas últimas 24 horas. No total, mais de 44.000 traders perderam o capital de suas operações alavancadas.
Naturalmente, a maior parte desse montante é oriundo de vendas a descoberto (shorts). Neste tipo de operação, os usuários apostam na queda de um ativo, primeiro vendendo-o para depois comprá-lo.
Como o movimento inverno ocorreu, muitos saíram no prejuízo. O Bitcoin foi responsável por mais da metade das liquidações totais, com cerca de US$ 86 milhões. ETH e CFX ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com liquidações de US$ 30,92 milhões e US$ 3,8 milhões.
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