Com o avanço da adoção e regulamentação das criptomoedas em várias regiões do mundo, algumas empresas já estão distribuindo Bitcoin como forma de gratificar funcionários.
A MicroStrategy, por exemplo, empresa que detém pouco mais de 1% da oferta global de Bitcoin, tem usado essa estratégia. O montante chega a impressionantes 214.246 BTC, ou colossais US$ 14.887 bilhões.
Com mais de duas décadas no Brasil, a companhia de Michael Saylor, já recompensa seus colaboradores com a criptomoeda mais popular do mercado. Metas alcançadas que incluem a manutenção de exercícios físicos diariamente garantem satoshis aos participantes.
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Lightning Rewards
Segundo a MicroStrategy, o programado batizado de Lightning Rewards além de transformar as tarefas em oportunidades para os colaboradores terem Bitcoin, também impulsiona o engajamento nas atividades laborais e cotidianas.
O sucesso do Lightning Rewards foi tão grande, que virou produto e outras empresas já usam o modelo. Para a gigante de software, “a iniciativa fomenta também maior adoção de moedas digitais no ambiente empresarial.”
“O MicroStrategy Lightning Rewards representa uma forma inovadora de impulsionar o engajamento de funcionários e clientes por meio de um benefício direto como é o dinheiro digital”, afirma o vice-presidente e country manager da MicroStrategy na América Latina, Luis Lombardi.
Solução quer fomentar adoção de criptoativos
A MicroStrategy detalha que o Lightning Rewards oferece para os interessados a capacidade de fornecer não apenas recompensas instantâneas, mas também de conduzir análises comportamentais, avaliar o impacto de programas de fidelização e obter uma visão abrangente da participação dos clientes, bem como da distribuição das bonificações.
Facilmente integrável às operações empresariais existentes, a solução é compatível com dezenas de sistemas e aplicativos de negócios amplamente adotados, como Salesforce, Zoom e Adobe.
Além de funcionários, muitas empresas também já estão premiando clientes e parceiros com o Bitcoin. Caso do Mercado Bitcoin, que está sorteando um Bitcoin inteiro para os clientes da plataforma.
Bitcoin? Vale presente? ou bônus?
Mas o que pensam as pessoas que recebem bônus em Bitcoin. Preferem receber uma recompensa em Bitcoin, um vale jantar ou um vale compras? Conversamos com a comunidade!
“Para mim, sim. Seria ótimo. Fará parte do meu modelo de investimento que em BTC consiste em um longuíssimo prazo e ter essa oportunidade de receber diretamente dessa forma, seria uma maneira simples de evitar que eu desvie o foco desse investimento”, diz Theo Moreira Marques, coordenador de pós-produção.
Bruno Mendes, usuário de criptoativos também diz que Sim!
“O interesse em diversificar potencial de investimento somado e variar do já batido PLR ou Stock Options ajuda a termos mais chances de prosperar num país que está cada vez mais dificil de crescer”, opina Mendes.
Lucas, da Policripto Agency também é a favor da iniciativa “porque para Lucas, Bitcoin é igual ouro, quanto mais, melhor!”.
Seria sensacional, nos disse o empreendedor, Renato Maia
“O BTC é um ativo que vem crescendo muito e ele é uma das minhas maiores teses de investimento. Receber diretamente em BTC agilizaria o processo na realização de um DCA, além de economizar em taxas. Tendo em vista que não precisaria fazer todo o caminho de mandar dinheiro pra corretora, comprar BTC e depois enviar para minha carteira.”
Maia explica que o DCA é uma estratégia de investimento onde você faz um “preço médio” do ativo em questão, você vai fracionar suas compras. Exemplo, você decide que irá comprar 100 reais toda semana, independente do preço. Algumas usam algumas métricas e fazem o DCA por intensidade, quando eles acham que o risco retorno está bom, eles aumentam o valor do aporte e quando o risco retorno está ruim, eles diminuem o valor do aporte. Mas sempre mantendo a consistência nas compras.
Felipe Barros, que trabalha com cripto e Web3 há cerca de quatro anos, gosta muito da ideia de receber Bitcoin como bônus.
“Compre Bitcoin! A cada 4 anos só vamos ver o dinheirinho mágico da Internet subindo e ninguém que investiu mais de 4 anos em BTC (mais de um ciclo) está no prejuízo, pois o preço nunca retrocedeu. Portanto, quanto antes começar, melhor! Inclusive estamos de olho no halving”, disse Barros.
A empresária, fundadora e CEO da Esenca, Raquel Vaz diz que já bonificou colaboradores com BTC. Para a executiva por trás da agência especializada em criptoativos, e há sete anos nesse universo, a ação foi super bem aceita e todos ficaram muito felizes.
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Salário em BTC: uma realidade na América Latina
Não é novidade que a América Latina tem adotado os criptoativos de forma ampla e rápida. Entre os motivos, muitas regiões são economicamente instáveis com inflação altíssima, caso da Argentina.
Um estudo global realizado pela Deel, empresa de serviços de contratação e pagamentos presente em mais de 120 países, com mais de 100 mil trabalhadores revelou que o número de pagamentos com cripto aumentou de 2% para 5% de 2021 para 2022.
Mais de dois terços dessas transações ocorreram na América Latina, com a Argentina liderando os pagamentos de salários em BTC na América do Sul, seguida pelo Brasil.
Hoje, segundo a Chainalysis, o Brasil é o nono país que mais usa criptoativos em todo mundo.
Um leitor disse para nossa reportagem que sim, gostaria de receber bônus em Bitcoin, porque o potencial de valorização é muito maior.
“Quando recebemos na moeda nacional existem grandes chances de já sofrer uma desvalorização cambial e por fatores inflacionários de saída. O Bitcoin nos protege de ambos os riscos, embora incorra em outros, devido à elevada volatilidade”
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