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A gigante Binance está operando uma exchange em Hong Kong?

3 mins
Por Redau00e7u00e3o BeInCrypto
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A Binance estaria ligada à HKVAEX, uma nova exchange de Hong Kong, com o objetivo de garantir uma licença local.
  • Apesar das identidades separadas, a HKVAEX compartilha recursos com a Binance, inclusive seus servidores para recuperação de conteúdo.
  • Este movimento poderia ser uma tentativa de capitalizar o mercado cripto de Hong Kong.
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A Binance, a principal exchange de criptomoedas do mundo, estaria ligada ao lançamento de uma nova exchange de criptomoedas em Hong Kong. A revelação foi feita por pessoas familiarizadas com o assunto.

Supostamente uma iniciativa da Binance, a nova exchange HKVAEX foi criada em dezembro de 2022. Ela lançou sua plataforma de negociação em fevereiro, com o objetivo de obter uma licença para negociar criptomoedas em Hong Kong.

Empresas compartilham servidores

A BX Services Limited, uma empresa com sede em Hong Kong, formou a HKVAEX como uma entidade separada.

Apesar de distintas, ambos compartilham recursos. A HKVAEX, por exemplo, usa servidores da Binance para recuperação de conteúdo.

A empresa falou sobre seu relacionamento com a Binance em um e-mail ao South China Morning Post:

“A HKVAEX é uma plataforma independente de troca de ativos virtuais com sede em Hong Kong. Ela é operda por uma equipe de tecnologia e profissionais experientes do setor de serviços financeiros, e atualmente se prepara para solicitar a licença [de plataforma de negociação de ativos virtuais da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros]”.

A Binance poderia envolver-se com a HKVAEX como uma manobra estratégica para capitalizar o crescente mercado cripto em Hong Kong. Esta mudança surge quando a exchange enfrenta um crescente escrutínio legal e problemas de liquidez no exterior.

A criação da HKVAEX poderia dar à Binance a oportunidade de operar com estabilidade jurídica no ambiente recentemente regulamentado de Hong Kong

A Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong (SFC) intensificou as medidas regulatórias sobre exchanges cripto. Em um comunicado, ela disse:

“O SFC e a sua subsidiária, o Conselho de Educação Financeira e de Investidores (IFEC), têm trabalhado em estreita colaboração para educar e alertar os investidores sobre os riscos da negociação em plataformas não regulamentadas”.

Desde o anúncio do esquema de licenciamento, várias exchanges ligadas à China declararam que querem solicitar uma licença no território. No entanto, a Binance, fundada em Xangai em 2017, permaneceu em silêncio sobre o assunto.

A HKVAEX, por outro lado, se prepara para apresentar um pedido de licença de ativos virtuais de Hong Kong, conforme afirmou seu CEO, Stanley Fung, em julho.

Elo conhecido com a Binance

Em abril, usuários do Twitter (X) destacaram, pela primeira vez, a conexão entre a Binance e a HKVAEX com uma consulta. Um representante da empresa respondeu a uma pergunta sobre o tuíte em um grupo de mensagens do Telegram administrado pela empresa, confirmando a independência da HKVAEX.

No entanto, eles também admitiram que compram em exchanges globais como a Binance.

Em 2023, as duas empresas participaram juntas de vários eventos em Hong Kong, incluindo a colaboração com o Blockchain Lab da Universidade de Hong Kong para um workshop sobre criptomoedas.

Ainda assim, tanto a Binance.com quanto a HKVAEX.hk compartilham semelhanças notáveis. Por exemplo, ambos incorporam código compartilhado em suas operações. Além disso, elas usam o domínio bnbstatic.com da Binance, o que reforça ainda mais sua conexão.

Por outro lado, o cofundador e CEO da Binance, Changpeng Zhao, não manifestou interesse em obter uma licença de ativos virtuais de Hong Kong. A Binance enfrentou vários desafios legais, incluindo a demissão de vários executivos importantes, e saiu de vários mercados europeus.

Resta saber como esses desenvolvimentos impactarão as operações da Binance e seu suposto envolvimento com a HKVAEX.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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