Em meio à incerteza iminente do ecossistema financeiro macroeconômico, as principais exchanges, como a Binance, conseguiram roubar a cena em termos de volumes e interesse dos consumidores.
Em agosto, a volatilidade voltou com força no mercado de criptomoedas, com os principais ativos por valor de mercado – Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), não sendo capazes de ultrapassar seus principais níveis de resistência. Os preços do BTC e do ETH fecharam em US$ 20.050 e US$ 1.554, caindo 14,0% e 7,47% no mês, respectivamente.
Notavelmente, os efeitos da queda do mercado e a volatilidade foram visíveis nos volumes de negociação à vista em exchanges centralizadas, que saltaram 36,8% para US$ 1,91 trilhão em agosto.
Um ambiente mais volátil e imprevisível deixou os investidores e traders mais cautelosos, o que pode ser visto em seus padrões de investimento e psicologia ao longo do mês passado. Um relatório da CryptoCompare destacou que a Binance, uma das principais exchanges de criptomoedas do mundo, capturou 55,1% da participação no volume spot em agosto, enquanto as exchanges de primeira linha mantinham seu domínio de mercado.
O domínio da Binance
Os dados destacam que, no mês passado, os volumes totais de negociação à vista aumentaram 36,8%, para US$ 1,91 trilhão, à medida que os investidores continuaram a aproveitar a volatilidade de preços. Os volumes spot das maiores exchanges aumentaram 41,6%, para US$ 1,80 trilhão, enquanto os volumes spot das exchanges de nível inferior caíram 12,3%, para US$ 108 bilhões.
De fato, a participação de mercado foi amplamente capturada pelas principais exchanges que representaram 94,3% do volume total à vista. Essa foi a maior participação de mercado desde novembro de 2017.
A Binance continua sendo a maior exchange spot em volume de negociação, atingindo a marca de US$ 438 bilhões. Ela é seguida pela Coinbase, que teve um volume de US$ 58,3 bilhões, e a AAX, que negociou US$ 54,9 bilhões. O domínio da Binance representa a maior atividade das multidões de varejo em meio a períodos prolongados de volatilidade.
A incerteza ainda está assolando o BTC?
Em agosto, como o BTC e o ETH não conseguiram ultrapassar seus respectivos níveis de resistência na marca de US$ 24.500 e US$ 2.000, os investidores continuaram confiando nas principais exchanges em meio a condições macroeconômicas incertas. Esta volatilidade reflectiu-se no volume de transacções à medida que as transacções à vista nos mercados centralizados aumentaram. Os voumes dessas plataformas saltaram 36,8%, para US$ 1,91 trilhão.
A negociação à vista de Bitcoin em USDT aumentou 15,4% em agosto para 10,1 milhões de BTC, já que os investidores continuam a preferir a segurança sob as atuais condições macroeconômicas. A negociação à vista de BTC em BinanceUSD (BUSD) e USD aumentou 0,44% e 0,33%, para 2,14 milhões de BTC e 1,31 milhão de BTC, respectivamente.
Ao analisar os fluxos líquidos do Bitcoin em exchanges agregadas, pode-se dizer que a incerteza ainda atormentava os investidores do ativo, pois os fluxos líquidos permaneceram amplamente positivos ao longo do mês de agosto. Os fluxos líquidos são positivos quando mais fundos entram do que saem das exchanges.
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Volume de derivativos atinge nova mínima anual
À medida que os volumes de negociação à vista aumentaram 36,8%, para US$ 1,91 trilhão, os volumes de negociação de derivativos em todas as exchanges de criptomoedas centralizadas aumentaram 1,91%, para US$ 3,16 trilhões, registrando seu primeiro aumento em três meses.
Um aumento no volume de negociação à vista levou a uma queda de 9,59% na participação de mercado de derivativos para 62,4%, uma nova mínima anual para a métrica. Historicamente, o mercado de derivativos dominou os volumes de negociação de criptomoedas.
A queda na participação no mercado de derivativos reflete as condições macroeconômicas incertas com taxas de inflação crescentes e uma ameaça iminente de recessão. A ação do preço após o FED reiterar sua postura de controlar a inflação sugere que houve uma forte liquidação das participações spot dos investidores.
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