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Big techs podem ajudar estado a apreender criptomoedas?

3 mins
Por Shraddha Sharma
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Balaji Srinivasan alertou que big techs como Apple, Google e Microsoft poderiam ajudar os governos a apreender criptomoedas.
  • O ex-CTO da Coinbase destacou o risco representado por essas empresas devido ao acesso a sistemas operacionais.
  • Ministros das finanças do G7 divulgaram uma declaração conjunta enfatizando a importância da regulamentação dos criptoativos.
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O ex-CTO da Coinbase, Balaji Srinivasan, alertou que big techs como Apple, Google e Microsoft poderão ajudar no processo de apreensão de criptomoedas se países do G7 a permitirem.

Ele acrescenta que o acesso aos sistemas operacionais das principais empresas de tecnologia pode ser uma má notícia para portadores de criptomoedas em caso de crise econômica.

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A declaração de Srinivasan ocorre ao mesmo tempo em que se discute os possíveis efeitos nos países do G7 e da China caso eles ganhem a autoridade para apreender ativos digitais. Na conversa, o executivo questionou:

“Será possível a apreensão de ativos no mundo digital?”

Políticas do G7 podem afetar apreensão de criptomoedas

O empresário e investidor americano enfatiza como as big techs podem ajudar o governo a escanear dispositivos para encontrar chaves privadas e as entregarem às autoridades.

Conforme Srinivasan, esses gigantes são um grande risco para possíveis apreensões de criptomoedas, por causa de seu controle sobre nossos dispositivos e dados. Quando solicitados pelo estado, eles poderiam pesquisar seu disco rígido em busca de chaves secretas e, em seguida, extrair seus ativos digitais.

Ele apontou: “O fato de a Apple ter atualizações de software e o Google poder acessar seu Google Drive e a Microsoft ter o Windows; e se ordenados pelo estado, em teoria, eles poderiam escanear seu disco rígido em busca de chaves privadas e, em seguida, retirar seus ativos digitais”.

G7 divulgou uma declaração conjunta para supervisão cripto

Os esforços da Força-Tarefa de Ação Financeira (GAFI) receberam o apoio dos ministros das finanças do G7. O grupo reafirmou seu compromisso com a supervisão, regulamentação e monitoramento eficientes de criptoativos em uma declaração conjunta emitida em maio.

Eles destacaram a importância de aplicar a “regra de viagem”, que exige que os provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs) compartilhem informações do cliente durante as transações.

Além disso, os ministros reconheceram os riscos emergentes associados a finanças descentralizadas (DeFi) e transações P2P. Além disso, eles endorçaram os esforços do GAFI para lidar com esses riscos.

Srinivasan sugeriu, em 2021, que o G7 busca preservar o status quo e evitar mudanças. Ele alertou que isso é uma tendência a se observar no conluio centralizado contra a deserção descentralizada.

Impacto dos regulamentos nos países do G7 e G20

Cada país do G7 trata criptomoedas por estruturas atuais ou futuras. Por exemplo, o Regulamento dos Mercados de Criptoativos (MiCA) da UE está programado para entrar em vigor em 2024.

Enquanto isso, os Estados Unidos estão implementando leis de valores mobiliários para trazer ativos digitais para sua jurisdição.

O vice-presidente da WazirX, Rajagopal Menon, acredita que os países do G20 têm mais em jogo do que o G7 em termos de impacto de ativos digitais não regulamentados. Segundo ele:

“O G20 é composto por nações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em comparação com o G7. Ainda assim, os vastos benefícios das criptomoedas não podem ser negligenciados para os países em desenvolvimento, fornecendo escopo de inclusão financeira, melhor acesso aos mercados de crédito. A menos que seja regulamentado, será um conceito utópico no papel e um cenário totalmente diferente no terreno, colocando investidores e economias em risco”.

No entanto, ainda não se sabe como esse setor seria governado e se as vantagens da descentralização diminuiriam com a supervisão do governo.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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