O auxílio emergencial distribuído hoje pelo governo federal no combate à crise do coronavírus pode entrar no criptomercado em breve. Hoje, o pagamento da primeira já realizado parcialmente está sendo usado principalmente para necessidades básicas em meio à pandemia. No entanto, o cenário pode mudar nos próximos meses.
A razão está ligada à possibilidade de extensão do auxílio para além do período de quarentena da Covid-19. Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, o repasse de R$ 600 poderá ser mantido mesmo depois da pandemia.
Em live na última segunda-feira (11) promovida pelo banco BTG Pactual, Costa disse que “talvez alguns programas [adotados hoje para enfrentar a crise] tenham vindo para ficar”. Também apontou que “Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra”, referindo-se ao segundo semestre de 2020.
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Uso do benefício para comprar Bitcoin
Nos EUA, parte das pessoas que receberam a ajuda do governo investiram em Bitcoins. No entanto, o mesmo ainda não foi visto no Brasil. Por enquanto, exchanges brasileiras não veem o cidadão usando o valor de R$ 600 para investir. Atualmente, uma parte até sem sido guardada na poupança, mas a principal preocupação ainda é custear necessidades urgentes. O possível uso do auxílio emergencial para comprar Bitcoin depende da extensão do benefício. Com a prorrogação do auxílio para além da pandemia, a política poderia se aproximar mais de uma renda básica universal. Eventualmente, o repasse poderia, portanto, ser levado para o criptomercado. Embora voltado para camadas mais vulneráveis, o benefício teria mais chances de respingar em corretoras de criptomoedas na medida em que a economia volta a reativar postos de trabalho. Se a valorização decorrente do halving prevista por CEOs de exchanges se confirmar no médio e longo prazo, o movimento ganha mais probabilidade de ocorrer.Auxílio é ‘extremamente liberal’
Costa defendeu a possibilidade de manutenção do auxílio dizendo que a política tem um caráter “extremamente liberal”. Pelo mesmo motivo do Programa Bolsa Família, o cidadão que recebe o benefício tem a liberdade de decidir com o que gasta. Daí a sintonia com a postura liberal da equipe de Paulo Guedes. A afirmação, no entanto, contrasta com o que vem sendo apurado pela imprensa nos bastidores do Ministério da Economia. Fontes de dentro da equipe de Guedes têm mostrado desconforto com a política de auxílio justamente por se opor à política liberal adotada pelo ministro. Além disso, o próprio Guedes disse recentemente que medidas para enfrentar desemprego em massa são uma “troca de marcha”. O secretário do Ministério, no entanto, ponderou que a decisão de manter ou não o auxílio depende de outros fatores. Um deles é o equilíbrio fiscal após o pico da crise. Vale lembrar que paira grande dúvida sobre as contas do governo por conta da paralisação da economia. Atualmente, o Banco Central estima um tombo de 4,11% do PIB brasileiro neste ano.Isenção de responsabilidade
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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