Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

6 mins
Atualizado por Luís De Magalhães

Com o crescimento dos golpes online, especialmente no mundo das criptomoedas, muitas pessoas têm caído em fraudes que prometem retornos rápidos e fáceis. Esses golpes, que frequentemente utilizam plataformas como o WhatsApp para enganar vítimas, podem trazer grandes prejuízos financeiros e emocionais para as vítimas.

Nesse sentido, saber como agir ao sofrer um golpe é essencial para tentar recuperar o dinheiro e minimizar os danos. Neste artigo, vamos explicar os principais tipos de fraudes, como se proteger e, especialmente, onde denunciar golpes pelo WhatsApp e outras plataformas.

A proliferação dos golpes online

A expansão e maior adoção do mundo virtual trouxe uma série de benefícios para grande parte da população mundial. No entanto, não demorou para que hackers e criminosos encontrassem neste meio uma nova forma de aplicar golpes e roubos. Infelizmente, cresce, ano após ano, o número de vítimas.

Segundo o Anuário de Segurança Pública de 2024, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de estelionatos ocorridos de forma online subiu 13,6% em 2023. De acordo com o estudo, os smartphones são a maior porta de entrada dos golpistas.

O mercado cripto não fica imune. Um estudo da Infomoney afirma que os golpes com criptomoedas geraram mais de R$ 40 bilhões em prejuízo nos últimos cinco anos. Já um levantamento feito pela CVM e Anbima mostra que quase metade dos indivíduos que se aventuram neste meio já caíram em golpes.

Esse cenário de crescimento exponencial dos golpes online destaca a importância da educação digital e da conscientização sobre as práticas fraudulentas. Saber identificar os sinais de alerta e, principalmente, como agir e denunciar ao sofrer um golpe, pode fazer a diferença entre recuperar parte do prejuízo ou continuar exposto a novas fraudes. Pensando nisso, vamos abordar as táticas mais comuns usadas pelos golpistas na atualidade.

Tipos comuns de golpes virtuais

golpe de criptomoedas, sheik dos bitcoins

No Brasil, os golpes mais comuns no mundo virtual incluem:

  • Golpe do WhatsApp: Criminosos usam o app para pedir dinheiro em nome de amigos ou familiares da vítima.
  • Golpes com Pix: Criminosos se passam por contatos confiáveis para solicitar transferências imediatas.
  • Phishing: Golpistas se passam por empresas ou instituições para roubar dados pessoais ou bancários.
  • Golpes com falsas promoções e sorteios: Ofertas falsas para roubar informações.
  • Falsos marketplaces: Criação de lojas online fraudulentas para obter pagamentos sem entregar produtos.

Tipos comuns de golpes com criptomoedas

Os golpes mais comuns envolvendo criptomoedas incluem:

  • Esquemas de pirâmide: Prometem altos retornos, mas dependem de novos investidores para pagar os antigos.
  • Phishing: Golpistas enviam e-mails ou mensagens falsas para obter informações confidenciais, como chaves privadas de carteiras e suas senhas.
  • Rug pulls: Criadores abandonam o projeto após atrair investimentos com valorizações artificiais de preço, levando os fundos dos demais investidores.
  • Falsas ofertas iniciais de moedas (ICOs): Fraudes disfarçadas de novas criptomoedas ou tokens.
  • Falsas exchanges e corretoras: Plataformas que fingem ser legítimas, mas roubam os fundos dos usuários.

Como identificar possíveis golpes?

Se você passa muito tempo no mundo virtual, é muito provável que cedo ou tarde acabe sendo abordado ou veja algum anúncio suspeito. Dessa forma, é importante estar atento a certos sinais de alerta que podem ajudar a identificar fraudes.

Um dos principais indícios de que um projeto ou esquema é fraudulento é a promessa de ganhos rápidos e elevados com pouco ou nenhum risco. Isso ocorre especialmente em investimentos relacionados a criptomoedas. Por isso, é preciso ter calma e não sucumbir aos desejos gananciosos. Ofertas que parecem “boas demais para ser verdade” geralmente são armadilhas criadas para atrair vítimas com promessas irrealistas.

Outro sinal de alerta comum envolve a tentativa de gerar urgência. Golpistas usam táticas de pressão, alegando que a oferta é por tempo limitado ou que é preciso agir rapidamente para não perder uma oportunidade. Essa urgência impede que as vítimas analisem a situação com cuidado, tornando-as mais suscetíveis a agir impulsivamente e entregar seu dinheiro ou dados pessoais.

Além disso, evite mensagens ou e-mails enviados por remetentes desconhecidos, especialmente se pedem para clicar em links suspeitos ou baixar arquivos. Muitos criminosos se passam por empresas ou pessoas confiáveis para obter informações sensíveis, como senhas ou chaves de criptomoedas. Ao reconhecer esses sinais de alerta, é possível reduzir os riscos e navegar seguro no mundo online.

Medidas de proteção

Para evitar ser vítima de golpes online, é essencial que se adote medidas de prevenção. Uma das mais recomendadas é verificar a legitimidade das ofertas, especialmente quando envolvem dinheiro ou dados pessoais. Pesquise sobre a empresa ou pessoa que está oferecendo o negócio, e confira se há reclamações ou sinais de fraude. Nesse caso, sites como Reclame Aqui e redes sociais são uma boa fonte para obter um feedback de outros clientes.

Outra medida importante é proteger seus dados. Nunca forneça informações pessoais, como senhas ou chaves privadas, mesmo para contas de pessoas que você conhece – pois elas podem ter sido hackeadas. Também utilize autenticação de dois fatores, especialmente em exchanges de criptomoedas e contas bancárias, para aumentar a segurança.

Proteja também os seus dispositivos, como smartphone, computador e tablet. Ferramentas de antivírus e firewalls ajudam a bloquear acessos não autorizados e proteger suas informações. Além do mais, não saia clicando em qualquer link que lhe seja enviado por e-mail ou aplicativos de mensagem, como o WhatsApp ou Telegram.

O que fazer ao sofrer um golpe

Se você caiu em um golpe, o primeiro passo é manter a calma, mas agir rapidamente para tentar minimizar os danos. Entre em contato com seu banco ou instituição financeira para bloquear transações futuras ou contestar pagamentos realizados. A operadora do seu cartão de crédito também pode lhe ajudar a fazer o estorno caso você tenha usado o cartão, ou ele tenha sido clonado.

Em relação as criptomoedas, o cenário é um pouco mais difícil, devido ao caráter irreversível das transações via blockchain. No entanto, busque acessar a sua conta de exchange e suas carteiras e, se possível, mude as suas senhas e transfira os seus fundos para um local mais seguro.

Em seguida, colete e preserve todas as provas. Salve conversas, e-mails, recibos de transações e qualquer outro documento que possa ser usado para provar que você foi vítima de uma fraude. Isso será essencial na hora de registrar uma denúncia ou abrir um boletim de ocorrência. Além disso, notifique a plataforma ou serviço que os golpistas entraram em contato, seja redes sociais, WhatsApp ou plataformas de pagamento.

Por fim, denuncie o golpe às autoridades. No Brasil, você pode fazer isso por meio da Polícia Civil ou Federal, dependendo da natureza do crime. Se a sua cidade possui uma Delegacia de Crimes Cibernéticos, este também é um bom lugar para fazer uma denuncia.

Existem também serviços como o Procon e sites de proteção ao consumidor onde fraudes podem ser registradas. Ao denunciar o golpe, você ajuda a evitar que outros caiam na mesma armadilha e colabora com as investigações.

Onde denunciar golpes pelo WhatsApp e outras plataformas

Se você sofreu um golpe pelo WhatsApp, é importante denunciar diretamente na plataforma. No próprio aplicativo, você pode selecionar a conversa suspeita, clicar em “Denunciar” e seguir as instruções. Isso ajuda a equipe do mensageiro a tomar medidas contra o número fraudulento.

Em outros casos, como fraudes em redes sociais, a maioria das plataformas, como Instagram, Facebook e Twitter, oferecem opções de denúncia dentro do próprio aplicativo ou site.

Fonte: https://faq.whatsapp.com/

Como recuperar o seu dinheiro

Recuperar o dinheiro após um golpe pode ser algo extremamente difícil, mas existem algumas tratativas que podem aumentar as suas chances. O primeiro passo é entrar em contato com seu banco ou operadora de cartão o mais rápido possível. No caso de transferências via Pix, muitas vezes os bancos conseguem congelar ou estornar o valor, caso denunciado rapidamente. Vale mencionar que o o BC já devolveu cerca de R$ 1 bilhão as vítimas de golpes com PIX nos últimos anos.

Se a transação foi feita com cartão de crédito, você pode solicitar o estorno diretamente com a instituição financeira do cartão. Já para criptomoedas, a questão é mais complexa. Porém, é importante denunciar o golpe à exchange ou plataforma de negociação usada. Muitas vezes, ela consegue rastrear o destino dos fundos e tomar medidas, como bloquear as contas dos golpistas.

Essas etapas, quando seguidas de maneira rápida, podem aumentar as chances de recuperação do dinheiro. No entanto, é preciso ser realista e informar que tomar essas medidas não garante os fundos recuperados. Dessa forma, a melhor coisa a se fazer é buscar se proteger dos golpistas por meio de medidas antifraude e aumentando a sua educação digital para não ser a próxima vítima desses criminosos.

Melhores plataformas de criptomoedas | Setembro de 2024
Coinbase Coinbase Explorar
AlgosOne AlgosOne Explorar
BYDFi BYDFi Sem KYC
Exodus Exodus Explorar
Melhores plataformas de criptomoedas | Setembro de 2024
Coinbase Coinbase Explorar
AlgosOne AlgosOne Explorar
BYDFi BYDFi Sem KYC
Exodus Exodus Explorar
Melhores plataformas de criptomoedas | Setembro de 2024

Trusted

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e com o objetivo único de informar. Qualquer atitude tomada pelo usuário a partir das informações veiculadas no site é de sua inteira responsabilidade.
Na seção Aprender, nossa prioridade é fornecer informações de alta qualidade. Nós tomamos o tempo necessário para identificar, pesquisar e produzir conteúdo que seja útil para nossos leitores.
Para manter esse padrão e continuar a criar um conteúdo de excelência, nossos parceiros podem nos recompensar com uma comissão por menções em nossos artigos. No entanto, essas comissões não afetam o processo de criação de conteúdo imparcial, honesto e útil.

4d198a1c7664cbf9005dfd7c70702e03.png
Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
READ FULL BIO