Banco Central devolve R$ 952,3 milhões a vítimas de golpes por Pix

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O Banco Central devolveu R$ 952,3 milhões a vítimas de golpes por Pix desde 2021.
  • MED já ajudou a recuperar R$ 1,1 bilhão, com 68% das denúncias sendo pertinentes.
  • Novas medidas serão implementadas para rastrear e bloquear transferências suspeitas.
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Vítimas de golpes envolvendo Pix receberam de volta R$ 952,3 milhões do Banco Central. A devolução foi possível graças ao Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Além disso, o BC ressarciu outros R$ 167,6 milhões de transferências não concluídas devido a falhas operacionais do sistema.

Banco Central devolve dinheiro a vítimas de golpes por Pix

O MED existe desde novembro de 2021, com o objetivo de oferecer maior proteção para consumidores. O sistema permite que vítimas de fraudes ou falhas no sistema solicitem a devolução de valores.

A estimativa é que o mecanismo ajudou a recuperar cerca de R$ 1,1 bilhão desde sua criação. Ele recebeu aproximadamente 3 milhões de denúncias de fraudes e golpes apenas em 2024. Destas, conforme o BC, 68% se revelaram pertinentes e resultaram na devolução dos recursos.

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O índice é superior à média. A estimativa é que apenas 9,2% das solicitações foram aprovadas desde janeiro de 2022. Isso indica, por exemplo, que as pessoas estão tentando fraudar menos o sistema.

O sistema é uma forma importante de balanço para o Pix, um mecanismo que não permite que o remetente do dinheiro desfaça a operação sozinho. Isto serve para evitar golpes em que o pagador recupera seu dinheiro após comprar um serviço ou mercadoria.

Entretanto, a medida, infelizmente, impede a recuperação imediata de fundos quando o vendedor é o golpista e o pagador, a vítima.

O sucesso crescente não significa que o BC está satisfeito com o sistema. Pelo contrário, o Banco está desenvolvendo uma ferramenta que será capaz de rastrear e bloquear transferências de até 5 transações após a saída dos fundos da conta.

Uma das mudanças é um limite de R$ 200 para transações via Pix em celular ou computador que não estejam cadastrados na instituição financeira. Além disso, dispositivos recém cadastrados terão um limite de R$ 1 mil.

O objetivo das medidas é dificultar a ação de criminosos que consigam acesso a contas de terceiros para fazer transações com seus fundos.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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