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Como não perder dinheiro durante períodos de alta inflação

6 mins
Atualizado por Mikael Araújo

A economia global tem enfrentado desafios significativos nas últimas décadas. Potências como Alemanha, França, EUA, entre outras, têm relatado crescentes índices de inflação e um consequente aumento nas taxas de juros. O Brasil, seguindo essa tendência, vê sua população perdendo poder de compra, com a desvalorização progressiva do real.

Diante desse cenário, a busca por proteção contra a inflação (aumento dos preços de bens e serviços) tornou-se uma preocupação central para os brasileiros em 2024.

Neste artigo, entenderemos como não perder dinheiro durante a inflação e exploraremos uma opção para a preservação seu patrimônio durante períodos inflacionários.

Impactos da inflação nas moedas tradicionais

A pandemia de 2020 causou um impacto global sem precedentes, afetando, principalmente, os setores de saúde e economia. Governos e bancos centrais responderam imprimindo dinheiro para apoiar empresas e cidadãos, o que, apesar de estabilizar temporariamente a situação, acarretou um aumento na inflação.

A situação conseguiu ser estabilizada. No entanto, desde então, nada foi o mesmo. As taxas de inflação aumentam em vários países, incluindo o Brasil, apesar dos melhores esforços dos bancos centrais para conter o problema. Vários fatores têm contribuído para a instabilidade na economia global e reduzem o poder de compra das moedas fiduciárias:

Desastres climáticos, guerras e doenças

Este cenário é agravado por desastres climáticos, conflitos armados (como a guerra da Ucrânia) e crises sanitárias, reduzindo o poder de compra e evidenciando a fragilidade das economias. Quem não se lembra do aumento exorbitante no preço do arroz no Brasil? Isso ilustra como crises globais afetam diretamente o nosso cotidiano.

Variação mensal de preços do arroz. Fonte: IBGE / CPEA
Variação mensal de preços do arroz. Fonte: IBGE / CEPEA

Desigualdade

A crescente desigualdade é um problema cada vez mais preocupante. A disparidade entre ricos e pobres na maioria dos países desenvolvidos está se tornando tão grande que não pode mais ser ignorada. A concentração de riqueza muitas vezes leva a uma desaceleração do crescimento econômico, à medida que o consumo diminui e os salários não conseguem acompanhar o aumento do custo de vida. Esse cenário é claramente visível no Brasil, onde não é mais possível viver com um salário mínimo e muitas vezes as pessoas precisam fazer bicos para aumentar a renda.

Crise imobiliária

A crise imobiliária afeta cada país de maneiras diferentes, mas o recente colapso de diversos empreendimentos na China e os protestos acalorados no Canadá, demonstram que a questão preocupa todas as economias desenvolvidas. Quando os preços aumentam rapidamente em relação às moedas fiduciárias, a incerteza e a ansiedade se intensificam na população.

No Brasil, apesar do banco central promover a narrativa de que a estabilidade financeira não será perturbada, as pessoas sabem que estão sendo enganadas. O aumento da inflação é sentido em todos os setores da economia com os preços dos itens essenciais e dos alimentos subindo mais rápido do que os salários.

Criptomoedas: uma alternativa contra a inflação?

Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, visionou uma moeda descentralizada que escapasse ao controle governamental e às influências do capital privado, sugerindo uma solução para a independência financeira.

O Bitcoin, com sua oferta limitada e descentralização, emerge como uma potencial proteção a longo prazo contra a inflação. No entanto, sua volatilidade no curto prazo pode ser um risco para quem busca segurança imediata nas suas finanças.

As stablecoins, atreladas a moedas fortes como o dólar, oferecem uma opção mais estável para proteger o poder de compra, facilitando a “dolarização” de ativos sem as altas taxas tradicionalmente associadas às casas de câmbio.

Razões para considerar o Bitcoin como proteção contra a inflação

Imagem que exibe a logo do Bitcoin (um grande 'B' com cifrões) estilizado a partir de pixel art em um fundo verde.

Oferta limitada

Uma das razões, mas não a única, pela qual a inflação cresce é que o dinheiro pode ser impresso sem esforço sempre que o governo precisar. Quando o dólar americano estava vinculado ao ouro, a inflação nunca foi superior a 3%, o que é um nível saudável para uma economia em crescimento. No entanto, isso não acontece com a maioria das moedas fiduciárias do mundo, incluindo o real, que não é vinculado a nada. Nunca haverá mais Bitcoin do que o inicialmente planejado devido ao design central do protocolo.

Descentralização

Mesmo que se destruam alguns enormes centros de dados que contêm informações sobre o livro-razão digital do Bitcoin, essas informações serão preservadas, devido à sua natureza descentralizada, em milhares de máquinas de propriedade individual. Ninguém pode parar o Bitcoin ou destruí-lo completamente enquanto houver pelo menos alguns PCs no mundo com uma cópia do livro-razão.

Independência da economia global

Embora todas as moedas fiduciárias estejam intrinsecamente ligadas às suas economias e sistemas monetários nacionais, o Bitcoin não tem uma autoridade central ou uma impressora localizada em uma capital de estado tendenciosa. Independentemente do que aconteça no EUA ou na Europa, isso nunca afetará os usuários do token no Brasil. Mesmo as sanções políticas e financeiras não podem impedir as pessoas de usar criptomoedas.

A volatilidade do Bitcoin pode não ser a solução

Apesar da sua descentralização e independência da economia global, o Bitcoin pode não ser a melhor opção para se proteger contra a inflação. A maior criptomoeda do mercado é volátil e as alterações do seu preço podem não acabar atrapalhando quem precisa “não perder dinheiro” no curto prazo.

No entanto, as criptomoedas, principalmente as stablecoins podem ser a solução para isso. Hoje é possível dolarizar de uma forma rápida e segura, sem pagar altas taxas para as corretoras de câmbio. Apesar da desvalorização de uma moeda fiduciária, como o real, não ser uma consequência da inflação, isso é sinal de um enfraquecimento da economia. E esse enfraquecimento pode aumentar a inflação.

Portanto, possuir dólares estadunidenses ou euro, na forma de stablecoins, pode ser uma maneira fácil de se proteger contra a perda real de poder de compra.

As criptomoedas são a melhor alternativa para a inflação?

A inflação é uma realidade preocupante no Brasil e no mundo. Fatores como desastres climáticos, guerras, desigualdade e crises imobiliárias contribuem para a instabilidade das moedas tradicionais e a perda do poder de compra.

O Bitcoin, como criptomoeda descentralizada e com oferta limitada, pode ser uma boa proteção contra a inflação a longo prazo. No entanto, sua volatilidade no curto prazo pode não ser ideal para quem busca segurança imediata.

Uma alternativa mais estável para proteger o seu dinheiro contra a inflação são as stablecoins atreladas a moedas fortes como o dólar estadunidense.

Perguntas frequentes

O que fazer para não ser afetado pela inflação?

As criptomoedas podem proteger contra a inflação?

Quem segura a inflação?

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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
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