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Como a adoção do bitcoin pode ser acelerada com cara de pau e dose de sorte

4 mins
Atualizado por Airí Chaves

Quando você pensa no uso das criptomoedas como dinheiro, quais são as primeiras coisas que vêm à sua mente? Investir e fazer trading? Talvez comprar produtos em algum site muito específico que aceita no máximo bitcoin (BTC) e ethereum (ETH)? E se eu te disser que, com um pouco de cara de pau e sorte, você pode utilizar as criptomoedas no dia a dia para fazer transações monetárias, como você faz com o PIX, por exemplo?

O Bitcoin como moeda de pagamento

O Bitcoin foi minerado em 2009, há quatorze anos. Apesar de não ser mais tão novo assim, seu uso fica bastante restrito à área de investimentos. Algumas pessoas até utilizam cartões de crédito de criptomoedas – que converte bitcoin ou outra criptomoeda em dinheiro comum – para realizar compras no dia a dia, mas a realidade é que a maioria dos possuidores de criptomoedas as utilizam somente como uma forma de ganhar dinheiro.

Muito disso se deve ao fato de nem todo mundo conseguir adquirir um cartão de criptomoedas e que, a exceção de El Salvador, o comércio de vários países não aceita criptomoedas como forma de pagamento. Ainda que muitos entusiastas de criptomoedas acreditem que este cenário vai mudar e que governos irão começar a adotar as criptomoedas como moedas legais, essas mudanças devem demorar anos para acontecer, se é que irão acontecer.

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Mas isso não te impede – ou ao menos não deveria impedir – de utilizar as criptomoedas para fazer suas compras mais frequentes. Para usar as criptomoedas como “dinheiro”, você só precisa de 2 coisas:

  • Cara de pau
  • Sorte

Quando você está dirigindo pelo interior e vê um carro vendendo um saco de laranjas por R$ 10,00, mas não possui dinheiro físico na carteira, o que você faz? Pergunta: Aceita pix? Se duvidar ainda pergunta “Me empresa seu wi-fi?”. Então, por que não fazer o mesmo com as criptomoedas? Você pode se surpreender com a resposta.

Eu tenho dois exemplos onde a cara de pau e a sorte me permitiram usar criptomoedas como dinheiro e me salvaram de ter que achar um caixa eletrônico e de pagar taxas para os bancos. Nenhum desses exemplos aconteceu no Brasil. Pode parecer contraditório, mas nosso país possui uma cultura própria de fazer transações eletrônicas. Assim, tanto pessoas físicas quanto comércios adotam facilmente o uso de pagamentos com cartões ou PIX.

Aceita Bitcoin?

A primeira vez que usei uma criptomoeda para fazer uma compra ou pagar por um serviço foi em 2019. Eu estava na Colômbia e precisava pegar um barco para cruzar a fronteira para o Panamá. E empresas ou donos de veleiros que prestam esse serviço costumam cobrar em dólar, que não é a moeda oficial da Colômbia.

Então, para contratar o serviço, a pessoa precisa fazer uma transferência internacional, pagando taxas absurdas e utilizando um câmbio ridículo. Outra alternativa é trocar o dinheiro em uma casa de câmbio, o que encarece o processo pois as taxas são altas. Ou seja, a certeza é a de que você perderá algum dinheiro.

Ao me informar sobre o preço e checar as minhas opções de pagamento, eu desisti de fazer a travessia de barco. Na época, eu pagaria quase 400 reais a mais apenas em taxas. Mas foi aí que o fator 1 entrou em jogo: a cara de pau. O dono do veleiro falou: “se você quiser, eu posso receber em bitcoin”. Por sorte, nesta época, eu já tinha alguns satoshis. Foi assim que usei bitcoin para pagar por uma viagem de veleiro.

A segunda vez que usei criptomoedas para pagar por um serviço foi em 2023. Eu estava fazendo uma viagem de bicicleta pelo interior da Alemanha e precisava de um lugar para dormir. Decidi acampar em um acampamento no meio de uma reserva florestal. Ao fazer o check-in, já no meio da noite, fui informada que o pagamento não poderia ser feito com cartão, eles só aceitavam dinheiro.

Infelizmente, não havia um caixa eletrônico no meio da floresta, mas o dono do acampamento me sugeriu pagar com PayPal. Foi aí que acionei usei o “fator cara de pau” e perguntei se ele não aceitava criptomoeda. E por sorte, ele disse que poderia aceitar.

A cara de pau e um pouco de sorte podem ser seus aliados

Em ambos os casos, a opção de pagar com criptomoedas não estava disponível a princípio. Será que não estamos pensando nas criptomoedas como formas de pagamento e estamos negligenciando um recurso importante apenas para a função de ativo de investimento? Ou será que não percebemos o quanto as criptomoedas “furaram” a bolha e se tornaram acessíveis a mais pessoas?

Apenas no Brasil, entre seis e sete milhões de pessoas investem em criptomoedas.

Quantas vezes você já perguntou para um vendedor ambulante, restaurante ou loja se eles aceitavam PIX? E por que você nunca fez o mesmo com as criptomoedas? Será que as criptomoedas são desconhecidas para a maioria da população ou somos nós que não buscamos saber como e se elas podem ser utilizadas?

Passar por essas situações e me surpreender por poder utilizar as criptomoedas para transações de pagamentos me fez questionar: será que o que está faltando para as criptomoedas poderem começar a ser usadas em massa como meio de pagamento não é uma simples pergunta? Aceita Bitcoin?

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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
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