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Apple e Meta podem monopolizar o metaverso, alertam executivos

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Apple, Meta e outras Big Techs estão cada vez mais interessadas no metaverso.
  • Entrada de grandes corporações pode acabar com os ideias de um ambiente descentralizado para os usuários.
  • Estudo mostra que a indústria de metaverso pode valer US$ 5 trilhões até 2030.
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Apple e Meta estão cada vez mais interessadas no metaverso. Mesmo com as companhias podendo ajudar a alavancar esta indústria, o resultado final pode ser negativo para os usuários, segundo especialistas do setor.

Ambas as empresas parecem liderar a corrida pelo metaverso atualmente. A companhia liderada por Mark Zuckerberg deu o ponta pé inicial, mudando seu nome de Facebook para Meta em 2021.

Já a criadora do iPhone anunciou um novo fone de realidade mista, que deve chegar no mercado ainda este ano e promete acirrar a disputa pelo setor, que deve contar com a presença de outras Big Techs como a Microsoft em breve.

À primeira vista, contar com o apoio e investimento das companhias mais ricas e influentes do mundo pode ser um bom sinal. No entanto, profissionais da área ouvidos pelo The Block afirmam que o a Apple, Meta e outras Big Techs podem acabar com o sonho de um metaverso descentralizado.  

Big Techs não querem perder o controle

A internet atual é basicamente controlada por um pequeno grupo de empresas, responsáveis pela criação e gestão dos softwares, dispositivos, aplicativos e infraestrutura usadas pela esmagadora maioria dos usuários. Neste ambiente, os dados dos indivíduos acabam se tornando a principal commodity, com o mau uso ou vazamento de informações se tornando algo frequente.

Entusiastas do mundo cripto acreditam que esta indústria pode ser a solução, com tecnologias como blockchain, NFTs, DeFi e metaverso trazendo maior descentralização e autonomia para os usuários. Com isso, a Web3, conceito que define o agrupamento dessas tecnologias, é vista como a próxima revolução da internet.

Porém, engana-se quem acredita que as Big Techs não estão de olho nestes mudanças. As ações recentes da Meta e Apple mostram que as companhias querem continuar influentes neste novo nicho, o que pode favorecer a criação de ecossistemas fechados e centralizados, segundo Rebecca Barkin, presidente da Lamina1.

A empresa, cofundada por Neal Stephenson, autor do termo metaverso, pretende criar um ambiente de realidade virtual aberto por meio da blockchain. “Nosso objetivo é fazer uma jornada com desenvolvedores e corporações que comunicaram seu apoio a uma internet aberta”, disse Barkin.

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Qual será o futuro do metaverso?

Apesar de não possuir o poderio financeiro das Bigh Techs, os projetos de metaverso descentralizados podem se sair vencedores desta disputa, segundo TJ Kawamura, cofundador da Everyrealm. O executivo acredita que os usuários buscarão alternativas que imponham menos controle e lhes deem mais liberdade.

“Se qualquer uma dessas plataformas existentes decidir negar aos usuários esses direitos, acredito que construtores e consumidores mudarão para outras opções.”

Neste sentido, a Meta afirma que não deseja monopolizar a tecnologia. “Não haverá um metaverso executado pela Meta, assim como não existe uma ‘internet da Microsoft’ ou ‘internet do Google’ hoje”. A companhia ainda afirma que o metaverso não será um único produto único.

“Como a internet de hoje, o metaverso será uma constelação de tecnologias, plataformas e produtos. Não será construído, operado ou governado por nenhuma empresa ou instituição”, afirmou em seu comunicado.

Visando endossar esta visão, a Meta se juntou com outras grandes companhias como a Epic Games e Microsoft na criação do Metaverse Standards Forum, organização que visa promover conceitos e meios para a criação de um metaverso aberto.

Apesar do futuro do metaverso ainda ser indefinido, é praticamente certo que a presença de grandes corporações será cada vez maior. Isso se deve especialmente pelo potencial deste mercado. Um estudo recente mostrou que o segmento pode valer US$ 5 trilhões até o final desta década.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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