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Análise: Especialista Tullio Bertini Sobre a Compra de Ouro Pelos Bancos Centrais

3 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Bancos Centrais estão aumentando as suas reservas de ouro
  • O aumento das reservas de ouro vem numa crescente desde 2018
  • O acúmulo de ouro por governos e Bancos Centrais indica que uma crise grave está por vir
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Bancos Centrais estão comprando grandes quantidades de ouro. Rússia, China e Turquia figuram entre os países que mais apostam no ativo. Movimento das instituições demonstra que os governos estão se preparando para uma crise de grandes proporções.
Tullio Bertini é mestre em economia e finanças pela UFSC. Macro investidor e CEO do Mercado em Pauta, ele oferece análises a respeito de diversos fenômenos econômicos. O Mercado em Pauta também tem o seu canal no Youtube.

Corrida do Ouro

Os Bancos Centrais acrescentaram 36 toneladas de ouro às suas reservas no mês de fevereiro de 2020; houve aumento de 36% em relação a janeiro, totalizando 64,5 toneladas a mais nos cofres nos dois primeiros meses de 2020. Por incrível que pareça, o ritmo ainda é menor do que no ano de 2019: no mesmo período ano anterior, os Bancos adicionaram 116 toneladas de ouro às reservas. No quadro geral, 2019 fechou com os Bancos Centrais acumulando 650,3 toneladas de ouro. Esse foi o segundo maior nível de compras dos últimos 50 anos, pouco abaixo das 656,2 toneladas acumuladas em 2018. De acordo com World Gold Council (WGC), 2018 marcou o maior nível de compras dos BCs desde o fim da convertibilidade do dólar em ouro, em 1971.

Países Estratégicos Acumulam Reservas

Rússia, China e Turquia figuram entre os maiores compradores de ouro nos últimos anos. Outros países relevantes para o cenário geopolítico estão repatriando suas reservas de ouro: a Alemanha recentemente repatriou 583 toneladas dos cofres de Paris e de Nova York.

Ouro: Hedge Contra Inflação e Crises

Para entender esse movimento dos Bancos Centrais, é importante compreender que o ouro não é somente um hedge contra inflação, mas também contra crises. Quanto maiores as incertezas econômicas e geopolíticas, maior é o preço do ouro. Da última década até o presente momento, o mundo tem passado por diversas incertezas e instabilidades num ritmo jamais experimentado durante o último século. Desta maneira, tudo indica que está ocorrendo uma corrida dos Bancos Centrais e governos para acumular ouro devido ao receio de que uma crise global grave está por vir. Mas como será essa crise?

Crise Monetária

Provavelmente, estamos diante de um crise geopolítica acompanhada por uma crise monetária, na qual o dólar americano figura no epicentro do problema. A crise econômica causada pelo novo coronavírus (COVID-19) já parece ter dado início à crise preconizada pelas instituições de todo o mundo. Porém, os Bancos Centrais não aparentam estarem preocupados com uma verdadeira recuperação econômica. Nos últimos meses, eles injetaram rios de dinheiro sem lastro na economia. A oferta de liquidez em excesso acaba por depreciar cada vez mais as moedas tidas como referência para o sistema monetário.

Conclusões

Caso os Bancos Centrais pretendam realmente salvar as economias, o primeiro é explicar ao público o porquê de estarem acumulando tal quantidade de ouro, listando os motivos específicos que incentivam essas compras. Ao mesmo tempo, eles deveriam encorajar o público a também comprar ouro e prata, além de buscar a segurança e a independência financeira através de estudos e do conhecimento sobre o mercado financeiro. O ritmo recorde de compras de ouro pelos bancos centrais nos últimos 2 anos sugere que a crise para a qual os Bancos Centrais e governos estão se preparando está muito próxima ou até mesmo já foi posta em movimento. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.

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Nicolas Nogueira
Nicolas se formou em Direito pela Universidade Federal do Paraná e é pós-graduado em Gestão de Negócios Internacionais. Atualmente, cursa Jornalismo na FAPCOM. Escreve sobre economia, política e história há alguns anos. Em 2017, após entrar em contato com a tecnologia blockchain, se entusiasmou com o seu potencial e passou a estudar as aplicações da tecnologia aos diversos setores da economia. Seu foco está em discutir as melhores maneiras de alavancar o desenvolvimento nacional através...
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