A Alameda Research, empresa-irmã da falida FTX, voltou atrás em seu processo contra a Grayscale. Ela acusava a gestora cripto de “práticas que a enriqueciam a despeito de acionistas”.
A mudança de planos surge após a exchange vender 22 milhões de ações, no valor de cerca de US$ 1 bilhão no ETF de Bitcoin da gestora.
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Alameda encerra processo judicial
A Alameda Research é a empresa irmã da FTX, responsável por investimentos com criptomoedas. Falhas de gestão interna da companhia, que usou indevidamente fundos de clientes, resultaram no colapso de ambas em novembro de 2022.
Desde então, a FTX luta para adquirir os fundos necessários para pagar seus credores após entrar com um pedido de falência.
A ação contra a Grayscale foi impetrada em março de 2023, em uma corte de Delaware, nos EUA. A Alameda acusava a gestora de lucrar a despeito de acionistas, além de cobrar taxas excessivas e de negar oportunidades de investimento a investidores.
Em seguida à Alameda desistir da ação, um representante da Grayscale comentou:
“O abandono voluntário da ação pela Alameda reforça a posição da Grayscale de que ela era completamente sem mérito”.
A Grayscale é dona de um dos vários fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). O produto sofreu um dump durante o fim de semana, provocado principalmente pela venda das ações da FTX.
FTX luta para sair da lama
O colapso da FTX ocorreu no início da fase mais aguda do inverno cripto, em novembro de 2022. Naquela época, o então CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, divulgou no Twitter (X) que estava se desfazendo da participação da exchange em FTT, o token nativo da FTX, por medo de uma crise de liquidez.
Isso foi o suficiente para iniciar uma corrida aos bancos na exchange de Sam Bankman-Fried. Só que a FTX, ao contrário do que dizia, havia usado fundos de clientes sem autorização para cobrir operações da Alameda Research.
Desde que declarou falência, a exchange luta para cumprir seu próprio plano de recuperação e pagar as dívidas de credores, o que envolve despejos gigantescos de tokens no mercado.
Sam Bankman-Fried, por sua vez, foi preso, julgado e condenado por diversas acusações, inclusive de fraude. Ele aguarda um novo julgamento para definir finalmente sua sentença.
Por fim, mais de um ano depois, seu rival CZ – inevitável pivô da crise – também foi deposto do cargo e caiu em desgraça após uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) sobre evasão de sansões.
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