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97% dos ataques hacker miram protocolos DeFi, diz Chainalysis

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Grande parte dos fundos circulados em DeFi está ligada à Coreia do Norte, segundo o relatório.
  • Os projetos DeFi são os preferidos dos hackers.
  • Também foram identificadas praticas de lavagem de dinheiro em NFTs.
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Um novo relatório da empresa de análise on-chain Chainalysis, publicado na quinta-feira (12), revelou que quase todos os ataques hacker no mercado cripto (97%) são voltados contra protocolos de finanças descentralizadas (DeFi).

Segundo o estudo, a presença dos protocolos DeFi nos crimes envolvendo criptomoedas aumentou substancialmente nos últimos três anos. A lavagem de dinheiro e o hacking no DeFi têm sido as duas principais atividades criminosas nesses protocolos.

Desde a explosão do DeFi, que ocorreu em meados de 2020, as transações ilícitas no meio aumentam constantemente.

DeFi, o preferido dos hackers

No total, US$ 1,68 bilhão em criptomoedas foram roubados em ataques hacker em 2022, sendo 97% de protocolos DeFi. A principal parte dessa quantia é referente a dois grandes hacks, a violação da Ronin Bridge de US$ 600 milhões no final de março e o ataque de US$ 320 milhões à Wormhole Network em fevereiro.

O relatório destacou que, em 2022, a maior parte dos fundos roubados – mais de US$ 840 milhões – foram para hackers da Coreia do Norte.

Além do hacking, a lavagem de dinheiro tem se tornado o outro grande problema. A utilização de protocolos DeFi para envio de fundo por endereços ilícitos cresceu consistentemente nos últimos anos. Os protocolos absorveram 69% dos fundos baseados em criptomoedas associados a atividades criminosas.

O relatório concluiu que os protocolos DeFi utilizados tinham como característica em comum a dificuldade de rastrear o movimento de ativos digitais e a falta de requisitos KYC para a maioria dos projetos, tornando-os mais atraentes para os criminosos praticarem suas atividades ilícitas.

O notório Grupo Lazarus, ligado à Coreia do Norte, que lavou US$ 91 milhões em criptomoedas em 2021 de diversos protocolos, trocando os tokens roubados por ETH e BTC e transferiu-os para contas em exchanges centralizadas para retirar os ativos, foi citado como exemplo.

Lavagem atinge mercado NFT

Também foram analisadas as negociações no mercado de tokens não fungíveis (NFTs) onde foi identificada a prática de Wash Trading. Embora a maioria das operações de lavagem tenham perdido dinheiro devido às taxas de gás, as mais bem sucedidas obtiveram grandes lucros inflando artificialmente os valores de suas NFTs e transferindo-os para usuários desavisados.

O relatório citou um exemplo que gerou mais de 650.000 wETH em volume de transações por meio de manipulação. Carteiras controladas pela mesma entidade negociavam NFTs entre si e recebiam recompensas de incentivo por negociação, na forma do token nativo da plataforma.

No caso da plataforma analisada, os usuários ganhavam tokens adicionais simplesmente realizando transações com mais frequência entre contas. Enquanto os colecionadores de NFT são enganados ao acreditar que o mercado tem mais atividade de transações do que tem.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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