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X é notificado no Brasil por métodos de treinamento de IA

2 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

Resumo

  • A rede social de Elon Musk utiliza a técnica de coleta de dados vetada pela ANPD.
  • A autarquia abriu um processo de fiscalização contra o X.
  • A Meta foi alvo no mesmo processo no início de julho.
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A rede social X, de Elon Musk, está coletando os dados de seus usuários para treinar seu assistente de IA generativa, Grok. Assim, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) abriu um processo de fiscalização e solicitou explicações ao X.

Os desenvolvedores implementaram o novo procedimento na calada da noite e notificaram os usuários apenas como sendo uma atualização da plataforma.

ANPD solicita explicações da rede social

Nesta segunda-feira (29), a coluna Tilt do UOL, informou que a ANPD abriu um processo de fiscalização para apurar o procedimento do X. A plataforma, portanto, adotou o mesmo procedimento de coleta de dados que a Meta, para treinar sua IA Grok.

As empresas de tecnologias que não enxergam mal algum em coletar dados públicos de seus usuários adotam a prática. No entanto, a ANPD veta a prática e também questionou a Meta anteriormente.

Assim, a atitude da autarquia gerou debate entre os especialistas de privacidade de dados no Brasil. Eles entendem que ANPD deve instaurar o mesmo procedimento contra outras Big Techs que utilizam a mesma prática.

O X informa que utiliza os dados coletados para “treinamento e ajustes finos” da sua IA. Os usuários da plataforma ainda podem desabilitar a coleta de dados, porém, apenas através do computador.

Para isso basta acessar “Configurações” => “Privacidade e Segurança” => “Grok” e desabilitar o “Compartilhamento de dados”.

Corrida por IA coloca em risco a privacidade de dados

A ANPD notificou a Meta no início de julho após a ação do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec). Na ocasião, a autarquia alegou que a Meta não forneceu informações claras sobre como coleta, processa e utiliza os dados para treinar seus modelos de IA.

Além disso, a autoridade também questionou a legalidade do uso de dados sensíveis, como informações de saúde e biometria, e estipulou multa de R$ 50.000 por dia.

Leia mais: Inteligência artificial e ética: 6 questões que precisamos enfrentar

Em nota publicada em sua página oficial, o Idec manifestou indignação ao ver “mais uma big tech explorando consumidores para fins de crescimento de seu poder econômico”. O instituto destacou também a importância de haver maior transparência por parte das Big Techs: 

“Concretamente, vemos um design malicioso: há uma pré-seleção da opção de que os consumidores aceitariam o uso de seus dados para fins de tratamento de IA. Esse consentimento não deveria ser pressuposto e, sim, explícito – além de ter de ser livre e informado.”

Além disso, o Idec demonstrou preocupação com os métodos utilizados para evoluir essas tecnologias e frisou que seguirá 

“É preocupante a maneira como querem avançar essas tecnologias às custas de direitos e de dados pessoais dos usuários.(…)O Idec continuará lutando para que consumidores possam usufruir do benefício das tecnologias e que quaisquer abusos sejam prevenidos ou repreendidos.”

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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