Vitalik Buterin, fundador do Ethereum (ETH), propôs algumas melhorias para o Worldcoin (WLD), visando evitar riscos à privacidade e segurança de seus usuários.
Buterin escreveu um ensaio onde propunha melhorar o Worldcoin antes de seu lançamento. O projeto, liderado pelo CEO da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, visa escanear as retinas de milhares de usuários para criar identidades em sua plataforma.
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Vitalik Buterin propõe descentralizar o Worldcoin
O objetivo do Worldcoin é fornecer uma renda básica universal (Renda Básica Universal ou UBI) para aquelas pessoas cujo trabalho é substituído pela inteligência artificial. Para isso, busca criar um sistema financeiro e de identidade. Para fazer parte desse sistema, os usuários devem escanear suas retinas oculares com um hardware desenvolvido pela empresa.
Vitalik Buterin acredita que o projeto pode se tornar relevante, mas alguns riscos e limitações o colocam em risco. Por exemplo, o fato de que para coletar a identidade dos usuários é necessário usar um dispositivo físico. O fundador do ETH teme que os dados possam ser vulneráveis a ataques ou vazamentos, já que essas informações são armazenadas centralmente.
Ele até explica que o Worldcoin ou alguma outra entidade poderia usar esses dados para produzir falsas identidades humanas em seu benefício.
“O registro da retina pode revelar informações. No mínimo, se alguém conseguir escanear a retina de um usuário, essa informação pode ser comparada ao banco de dados para determinar se você tem ou não um World ID. Escanear retinas pode revelar mais informações, potencialmente.”
Além disso, Vitalik garante que o software e o hardware do projeto são centralizados. No entanto, ele reconhece que “o Worldcoin também se comprometeu a alcançar mais descentralização ao longo do tempo”. O desenvolvedor também propôs reduzir o risco do atual sistema. Por exemplo, alguém pode imprimir uma retina em 3D e passar no teste para criar uma identidade falsa.
Comunidade cripto rejeita o projeto
Usuários e entusiastas do mercado de criptomoedas levantaram suas vozes contra os riscos do Worldcoin. Jack Dorsey, CEO da Block e fundador do Twitter, comentou que “em nenhum momento uma corporação ou um estado deve possuir o sistema financeiro global”.
De sua parte, Anita Posch, renomada educadora e escritora sobre o Bitcoin, comentou ironicamente:
“Um banco de dados global de identidades humanas emitido após a varredura de seus olhos, pelo qual você é pago com um token inútil, conectado aos dados de transações financeiras de cada indivíduo, gerenciado por uma entidade centralizada sem fins lucrativos que coleta dados confidenciais para fazer KYC/AML. O que pode dar errado?”
Por enquanto, o Worldcoin iniciou seu caminho em direção aos seus objetivos, apesar das polêmicas mencionadas por Vitalik Buterin. O projeto tem aumentando sua base de usuários de forma surpreendente. Somente na Espanha ele ultrapassou 150.000 registros.
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