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Gêmeos Winklevoss doam milhões em Bitcoin para candidato presidencial nos EUA

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Cameron e Tyler Winklevoss doaram US$ 2 milhões em Bitcoin para a campanha de Trump.
  • Eles criticaram a abordagem regulatória do governo Biden em relação às criptomoedas.
  • A Gemini agora oferece suporte a contribuições cripto para candidatos políticos pró-cripto.
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Cameron e Tyler Winklevoss, fundadores da exchange de criptomoedas Gemini, doaram US$ 2 milhões em Bitcoin (BTC) para a campanha presidencial do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump.

Esse movimento mostra, sobretudo, a crescente influência política do setor cripto e seus esforços para moldar as estruturas regulatórias em Washington.

Gêmeos Winklevoss querem combater as políticas cripto de Biden

Na quinta-feira (20), os gêmeos Winklevoss anunciaram que cada um havia doado US$ 1 milhão em Bitcoin para apoiar a campanha presidencial de Trump. No entanto, tanto Tyler quanto Cameron não compartilharam mais detalhes sobre as doações.

Tyler enfatizou a necessidade de combater a posição da administração do presidente Joe Biden sobre a indústria de criptoativos. Atualmente, o governo Biden tem enfrentado críticas dos defensores das criptomoedas por sua abordagem regulatória. Os gêmeos afirmam que essa abordagem tem sido excessivamente agressiva e principalmente prejudicial ao crescimento do setor.

“Nos últimos anos, o governo Biden declarou abertamente guerra contra as criptomoedas. Ele armou várias agências governamentais para intimidar, assediar e processar os bons atores em nosso setor em um esforço para destruí-los”, escreveu ele em sua conta X (Twitter).

Fundadores da Gemini criticam sistema bancário tradicional

Além disso, Tyler Winklevoss detalhou várias queixas, incluindo o suposto armamento do sistema bancário contra empresas de cripto por meio da Operação Choke Point 2.0. Ele descreveu como as agências federais pressionaram os bancos a evitar fazer negócios com empresas de criptomoedas. Essas ações resultaram em desafios operacionais significativos e perdas financeiras.

Além disso, ele criticou a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) por não estabelecer diretrizes regulatórias claras para o setor de criptomoedas. Tyler argumentou que a confiança da SEC em regras desatualizadas criou incerteza e prejudicou sobretudo, o desenvolvimento de tecnologias blockchain.

“A SEC de Biden deu a si mesma carta-branca para entrar em litígio contra qualquer projeto e empresa de criptoativos nos Estados Unidos”, afirmou Tyler.

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Gemini permite doações em cripto para candidatos à presidência dos EUA

Depois que Tyler e Cameron anunciaram sua doação, a Gemini revelou que agora permite contribuições em criptomoedas para candidatos pró-cripto. A empresa incentivou qualquer campanha política dos EUA interessada em aceitar doações a entrar em contato com a exchange por e-mail.

Cresce influência das criptomoedas na eleição de 2024

Os gêmeos Winklevoss têm um histórico de doações de quantias substanciais para esforços políticos. Em janeiro, o BeInCrypto informou que eles doaram US$ 4,9 milhões para o Fairshake, um super comitê de ação política (PAC) que apoia políticos pró-cripto.

Doações de Tyler e Cameron Winklevoss para a Fairshake.
Doações de Tyler e Cameron Winklevoss para a Fairshake. Fonte: OpenSecrets

O endosso e o apoio financeiro substancial dos gêmeos Winklevoss refletem uma tendência mais ampla de executivos do setor se unirem a candidatos que defendem regulamentações menos rigorosas. O Fairshake se tornou um participante importante no ciclo eleitoral de 2024, arrecadando aproximadamente US$ 169 milhões até o momento.

Já o PAC concentrou seus esforços nas disputas da Câmara e do Senado, adotando uma abordagem bipartidária para influenciar a formulação de políticas em Washington. Empresas cripto notáveis, incluindo Coinbase, Ripple e Andreessen Horowitz (a16z), também contribuíram para o Fairshake PAC.

O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, descreveu o período atual como um momento decisivo para o setor cripto. Ele enfatizou a necessidade de esforços coordenados para influenciar a política e neutralizar a posição do governo Biden.

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Aumenta o número de candidatos pró-cripto

Os candidatos pró-cripto que concorrem nas principais disputas do Senado destacam ainda mais a importância estratégica do envolvimento político para o setor. Em Ohio, o cético em relação às criptomoedas Sherrod Brown, presidente do Conselho Bancário do Senado, enfrenta o republicano Bernie Moreno, fundador de uma startup de blockchain.

Além disso, em Montana, o desafiante republicano Tim Sheehy elogiou as criptomoedas por representarem o futuro das finanças, enquanto o senador Jon Tester mostrou sinais de reconsiderar seu ceticismo inicial.

Embora questões tradicionais como a economia e as políticas sociais tenham historicamente dominado as preocupações eleitorais, a influência do setor de criptoativos sobre os eleitores agora se torna um assunto de debate.

Organizações como Stand with Crypto e Fairshake PAC visam elevar o perfil das questões relacionadas às criptomoedas e demonstrar o impacto potencial do setor no sistema financeiro.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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