O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, está preocupado com o uso indevido da tecnologia ZK (Conhecimento Zero) em golpes e atividades fraudulentas.
Em um post recente no Farcaster, Buterin analisou o caso do ZKasino, um cassino online que utilizou ZKs para mascarar um golpe de US$ 33 milhões.
Vitalik Buterin alerta sobre o caso ZKasino
O ZKasino oferecia aos seus usuários a possibilidade de apostar em jogos de cassino sem revelar suas identidades ou transações. Essa promessa de privacidade, possibilitada pela tecnologia ZK, atraiu diversos jogadores, mas também serviu como fachada para um esquema fraudulento.
Vitalik destacou que o golpe do ZKasino evidencia que o termo “Conhecimento Zero (ZK)” ganhou destaque suficiente e agora atrai o uso indevido por golpistas.
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“Não há nada de “ZK” no ZKasino, exceto que ele reside no zksync, correto? Acho que temos que nos adaptar; até mesmo ‘ZK’ é agora uma palavra da moda o suficiente para que golpistas completos a estejam adotando“, disse.
Ele ressalta que, embora a tecnologia ZK ofereça benefícios em termos de privacidade e escalabilidade, é necessário implementar mecanismos de acompanhamento e auditoria que preservem a privacidade dos usuários, mas que permitam o combate a crimes e atividades ilegais.
Analista revelou que a plataforma tinha pouca tecnologia ZK
As preocupações de Vitalik Buterin com a plataforma ZKasino surgiram quando membros da comunidade perceberam a remoção de um compromisso de reembolsar mais de 10.500 ETH em ponte usados para farmar tokens ZKAS.
Além disso, dados on-chain revelaram que a empresa havia colocado o ETH dos usuários no protocolo de staking líquido Lido.
A equipe do ZKasino afirmou que agiu no interesse da comunidade ao converter os ETH para ZKAS a uma taxa reduzida de US$ 0,055. Os ativos também estavam sujeitos a um cronograma de aquisição de direitos de 15 meses.
Além disso, o desenvolvedor cripto Cygaar alegou que o ZKasino era uma rede Arbitrum Nitro implantada em dois minutos. E que carecia, portanto, de tecnologia de conhecimento zero ou EigenDA, contrariando o que afirma o projeto.
Por fim, as preocupações de Buterin demonstram a necessidade de um debate aprofundado sobre o uso responsável da tecnologia ZK. É fundamental, portanto, que a comunidade de desenvolvedores e usuários trabalhem em conjunto para encontrar soluções que preservem as vantagens dos ZKs. Ao mesmo tempo que combatem o uso indevido da tecnologia para fins maliciosos.
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