A polêmica World (antiga Worldcoin) anunciou uma nova parceria com a Rappi. A ideia é disponibilizar a venda de íris do World ID por meio do aplicativo de entregas, sem precisar sair de casa.
Após o anúncio, o token nativo da World (WLD) subiu de US$ 1,30 para US$ 1,39, antes de se estabilizar em US$ 1,37.
Venda de íris em casa começa pela Argentina
A World esclareceu que após a parceria com a Rappi, começaram a entregar dispositivos Orb nos bairros de Belgrano e Palermo, em Buenos Aires. O plano é expandir por toda a Argentina por enquanto. Os interessados em escanear suas íris só precisam procurar pela World no app da Rappi e escolher o horário preferido.
A parceria com a Rappi é apenas uma parte dos esforços da World para expandir suas operações globalmente. A empresa recentemente arrecadou US$ 135 milhões de investidores como a16z e Bain Capital Crypto para expandir sua infraestrutura biométrica nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
Além da verificação de identidade por meio do World ID, a empresa está explorando o uso de Inteligência Artificial (IA) para aprimorar ainda mais a segurança e a eficiência de sua plataforma. Nesse contexto, a Rappi desempenha um papel fundamental ao facilitar o acesso de milhões de usuários a essa tecnologia avançada sem precisar sair de casa.
Essa expansão foca em levar a verificação biométrica da World para um público ainda maior, não apenas na Argentina, mas em outros países da América Latina onde a plataforma de entregas tem forte presença.
Essa colaboração não só beneficia os usuários na Argentina, mas também abre caminho para futuras expansões na América Latina e em outros mercados internacionais.
A expansão da World e seu histórico com a Rappi
A Rappi opera em vários países da América Latina, incluindo México, Colômbia, Brasil, Argentina e outros. A plataforma continua a expandir-se para novas regiões para oferecer seus serviços de entrega.
Entretanto, nem tudo foi colaboração entre a Rappi e a World, pois no final de 2024, o Serviço Nacional do Consumidor do Chile (SERNAC) confirmou que a Rappi descartou sua colaboração com a World para escanear as íris das pessoas em casa. Enquanto isso, a empresa colombiana esclareceu que a colaboração com a World seria apenas para a Argentina.
“Nesse sentido, a Rappi e a World assinaram um pré-acordo (ou Memorando de Entendimento) para desenvolver um teste piloto de um serviço de teste de humanidade sob demanda que será desenvolvido na Argentina durante o primeiro trimestre do próximo ano. O desenvolvimento deste serviço não está planejado no Chile.
Venda de íris gera polêmica no Brasil
A coleta de íris realizada pela empresa Tools for Humanity (TFH) por meio do projeto World ID gerou grande polêmica no Brasil. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a criação de uma CPI para investigar o procedimento, que causou preocupações sobre a privacidade e o uso de dados biométricos dos cidadãos paulistanos.
Além disso, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) passou a monitorar o caso, intensificando a repercussão nacional. Em meio à controvérsia, o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) propôs um projeto de lei para revisar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com o objetivo de proibir a comercialização de dados sensíveis, como a íris, após o escândalo envolvendo a criptomoeda Worldcoin.
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