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Um ano após a aprovação, ETFs de Bitcoin já respondem por mais de 5% do fornecimento de BTC

5 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Um ano após a aprovação, ETFs de Bitcoin já respondem a mais de 5% do fornecimento de BTC.
  • O ETF de Bitcoin da BlackRock (iShares) destacou-se como o mais bem-sucedido da história, alcançando impressionantes US$ 52 bilhões em ativos sob gestão no primeiro ano,
  • Como sempre acontece com cripto, o melhor ainda está por vir, diz o CEO e cofundador da Ripio, Sebastian Serrano.
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10 de janeiro de 2024 é a data que marca a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos (EUA) pela Securities and Exchange Commission (SEC). Em um ano, esses ativos transformaram a indústria cripto, levando a maior criptomoeda do mercado a um novo patamar.

ETFs de Bitcoin marcam nova era cripto

Os ETFs à vista de BTC marcaram uma nova era para cripto. E a aprovação foi um dos motivos que levou à alta sustentada no mercado ao longo de 2024. A opinião é do CEO e cofundador da Ripio, Sebastián Serrano.

A importância desses fundos no mercado global cripto é tão considerável que eles já representam mais de 5% do total de Bitcoins em circulação, ressalta Serrano.

De acordo com dados compilados pelo site Etf.com, os 11 provedores de ETF à vista de Bitcoin detêm 1,1 milhão de Bitcoins, a um preço de cerca de US$ 93 mil por unidade na tarde de quinta-feira, 9 de janeiro.

Esse número acompanha o que era demandado antes de 10 de janeiro do ano passado: a aprovação de uma ferramenta financeira que ofereceria exposição ao preço do Bitcoin sem a necessidade de negociar criptomoedas diretamente. Uma ponte escalável entre as finanças tradicionais e o ecossistema de criptomoedas que, em seu primeiro ano, provou ser totalmente bem-sucedida, aponta o CEO da Ripio.

2024 o ano em que o BTC ultrapassou os US$ 100 mil

Conforme Serrano, o aumento da demanda dos fundos negociados em bolsa foi um dos fatores que, combinado com a crise de oferta causada pelo quarto halving do Bitcoin, ajudou a elevar o preço da principal criptomoeda de US$ 42.280 por unidade, na abertura em 1º de janeiro de 2024, para mais de US$ 96 mil no último dia de negociação do ano.

Esse foi um aumento de mais de 127% no ano. E, se considerarmos o recorde de US$ 108.260 às 10h30, em 17 de dezembro – após repetidos ATHs ao longo do ano – o aumento foi de 156%.

Com 11 anos de experiência e três halvings vividos, o cofundador da Ripio citou previsões de preço para o Bitcoin que vão de US$ 150.000 para este ano. “Um crescimento nada impossível de 50% em relação aos valores atuais.”, segundo ele.

Em alguns casos chegam a US$ 250.000 e até US$ 400.000 por Bitcoin, nas análises mais arriscadas, revela Serrano.

Bárbara Espir, Country Manager da Bitso Brasil acredita que a aprovação pela SEC dos primeiros ETFs de Bitcoin “revolucionou o mercado financeiro. Aproximando investidores institucionais — como grandes fundos de investimento, bancos e empresas — desse ativo.”

Espir lembra que em apenas 10 meses, esses fundos movimentaram mais de US$ 50 bilhões, “sinalizando um interesse massivo e consolidando o Bitcoin como uma alternativa de investimento relevante”.”

A executiva também concorda com o CEO da Ripio de que o “ produto financeiro é como uma ponte entre o mercado tradicional e o universo cripto, consolidando ainda mais sua presença nas estratégias de investimento institucionais e individuais.”

ETF de Bitcoin abriu portas

O marco inaugurou ciclo de autorizações para ETFs vinculados a diferentes criptomoedas, que segue em expansão.

Segundo a Country Manager da Bitso Brasil, a entrada desses ETFs no mercado foi crucial para os sucessivos recordes de preço do Bitcoin em 2024 e a superação da marca de US$ 100 mil. No meio do ano, a SEC aprovou ETFs de Ether (ETH) e já existem projetos em andamento para fundos que combinam Bitcoin com Ether, além de outras criptos

O ETF de Bitcoin da BlackRock (iShares) destacou-se como o mais bem-sucedido da história, alcançando impressionantes US$ 52 bilhões em ativos sob gestão no primeiro ano, superando até mesmo o histórico ETF de ouro SPDR Gold Trust, que atingiu US$ 50,8 bilhões.

A aprovação desses fundos não só abriu as portas para investidores tradicionais participarem do universo cripto sem a necessidade de operar diretamente com ativos digitais. Mas também representou um verdadeiro “voto de confiança” do mercado nas criptomoedas, finaliza Bárbara.

Serrano complementa e acredita que a crescente demanda corporativa, privada e até mesmo governamental por Bitcoins continua a ganhar novos ímpetos.

Em poucos dias, Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos e já anunciou que está considerando a criação de um fundo de reserva em BTC para o Tesouro dos EUA, o que poderia gerar um efeito de contágio e um enorme crescimento na demanda por Bitcoins, tanto no varejo, quanto para clientes institucionais e até mesmo governos.

Guilherme Sacamone, Contry Manager OKX Brasil também concorda. Ele afirma que “a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos EUA há um ano, foi um marco crucial, confirmando que a maior e mais importante das criptomoedas não podia mais ser ignorada.”

Para Sacamone, o Bitcoin teve seu acesso simplificado, especialmente para instituições, ampliando participações e atraindo novos talentos para o setor. Nos meses que se seguiram, outros ETFs foram aprovados ou propostos, demonstrando como inovações semelhantes poderiam se estender a outras criptomoedas

Bitcoin novinho

Para o Contry Manager OKX Brasil, embora o Bitcoin tenha alcançado máximas históricas em sua cotação ao longo de 2024, é evidente que ainda estamos nas fases iniciais de desenvolvimento deste sistema global.

As criptomoedas e Web3 oferecem uma nova alternativa às finanças tradicionais – uma ideia enraizada na própria origem do Bitcoin, pensado como uma resposta à crise financeira global de 2008, explica Sacamone.

A aprovação dos ETFs de Bitcoin também representa uma mudança em como o establishment financeiro enxerga o criptoativo, reconhecendo não apenas o potencial transformador do Bitcoin, mas também das altcoins e outros tokens, opina Sacamone.

Vale lembrar que o Brasil está na vanguarda desse tema. O país aprovou os ETFs de Bitcoin, que estão entre os mais rentáveis da B3, em julho de 2021, dois anos e meio antes dos Estados Unidos.

Futuro animador

Por outro lado, cada halving gera uma nova onda de escassez que leva meses ou até anos para o mercado acomodar. Com a demanda atingindo o pico e a oferta de novos Bitcoins diminuindo, a perspectiva para o próximo ano é animadora para todos os padrões e oferece grandes oportunidades para investidores de todos os tipos. Como sempre acontece com cripto, o melhor ainda está por vir, concluí Serrano.

O jogo atingiu um nível totalmente novo, e cada player deve estar pronto para se adaptar e competir, finaliza o Contry Manager da OKX Brasil, Guilherme Sacamone.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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