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Após duas semanas, Ubisoft vende US$ 400 em NFT

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Apesar da grande repercussão, a coleção de NFTs da Ubisoft teve um singelo volume de vendas de US$ 400 desde seu lançamento.
  • Cerca de 30 dos mais de 2.000 NFTs criados foram vendidos.
  • Baixa procura pelos ativos está atrelada a rejeição de gamers tradicionais a essa modalidade e a pouca atratividade que a coleção possui.
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Apesar da grande repercussão, a entrada da Ubisoft no mercado NFT não tem sido um sucesso até o momento. A empresa teve um volume de vendas de apenas US$ 400 em duas semanas.

A Ubisoft foi destaque ao ser a primeira grande companhia do mundo de jogos eletrônicos a entrar no mercado de tokens não fungíveis (NFTs), anunciando o projeto Quartz Beta em parceria com a Tezos (XTZ) no início deste mês.

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A decisão da empresa veio após o grande sucesso que NFTs estavam tendo ao serem utilizados em jogos play-to-earn. O Axie Infinity, maior caso de sucesso desse segmento, chegou a superar o valor de mercado da Ubisoft neste ano.

A decisão foi vista com um grande marco do mercado NFT, fazendo inclusive o preço da XTZ disparar mais de 40% na data do anúncio oficial. No entanto, os tokens criados pela Ubisoft na blockchain da Tezos não estão fazendo sucesso com o público da empresa.  

NFTs deram prejuízo à Ubisoft

O artista sênior da Apex Legends, Liz Edwards, divulgou os números de vendas do Quartz Beta até o último domingo (19). Segundo dados, ambos os marketplaces onde a coleção está sendo vendida, Rarible e Objkte, registraram apenas 15 ativos vendidos cada um.

Ainda segundo Edwards, a soma total das vendas dos NFTs foi de 94,49 XTZ – menos de US$ 400 dólares pela cotação atual. Segundo o artista, a baixa procura pelos ativos está atrelada a rejeição de gamers tradicionais a essa modalidade e a pouca atratividade que a coleção possui.

Todos os tokens produzidos pela Ubisoft até o momento estão atrelados ao seu jogo Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint. Cada NFT funciona como skins para armas e equipamentos. No entanto, diversos jogadores relataram ser muito difícil diferenciar esses tokens de itens comuns do jogo, o que acaba fazendo esses ativos perderem seus status de exclusividade.

Apesar da Tezos oferecer taxas mais baratas para a criação desses ativos e baixo consumo de energia – um dos fatores para a Ubisoft fechar parceria com a rede – a coleção tem dado prejuízo para a companhia.

Dados revelam que a Ubisoft criou mais de 2.000 NFTs, e nada indica que toda a coleção será vendida tão cedo.

Boicote a NFTs

Apesar do mercado NFT estar tendo um grande crescimento neste ano, com cada vez mais segmentos aderindo ao uso desses ativos, muitas comunidades estão boicotando o uso dessa tecnologia.

No meio artístico, o grupo musical BTS sofreu diversas críticas de seus fãs após anunciar uma nova coleção em NFT. Ofensas foram ainda mais pesadas com os administradores da página oficial do Crazy Frog, que relataram sofrer ameaças de morte após o criador do projeto anunciar o leilão de uma música neste formato.

O Twitter oficial de Stan Lee foi outro a sofrer críticas após promover uma coleção em NFT, com os fãs da lenda dos quadrinhos se mostrando indignados com a atitude. Na indústria de jogos, a GSC Gameworld precisou recuar da integração de tokens não fungíveis em um de seus jogos, após a comunidade do game se manifestar contra a decisão.

O impacto ambiental causado pela criação desses ativos e a forma agressiva de vendas destas coleções estão entre os principais pontos a serem criticados por essas comunidades.  

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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