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Twitter vai cobrar por verificação de contas e Elon Musk é criticado por decisão

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Elon Musk quer que o Twitter se torne a fonte de informação mais precisa do mundo.
  • Jornalistas contra-atacam mostrando falhas óbvias no modelo de verificação paga.
  • Os usuários do Twitter estão buscando alternativas como o Mastodon.
  • promo

Elon Musk está em uma missão para agitar as redes sociais. Especificamente, ele quer converter o Twitter em um bastião da liberdade de expressão. No entanto, existem algumas falhas em seu pensamento.

Plataformas como Facebook e Twitter estão repletas de notícias falsas, spam, golpes e bots. Elon Musk quer o fim de tudo isso e tem a missão de mudar as coisas para a rede social que ele recém adquiriu.

No entanto, há uma linha tênue entre a verdadeira liberdade de expressão e a censura.

Nesta segunda-feira (7), o bilionário postou uma enxurrada de tweets em sua nova plataforma. Um deles era uma declaração de missão para se tornar “de longe a fonte mais precisa de informações sobre o mundo”.

O CEO empurrou seus planos de verificação paga. Eles “democratizarão o jornalismo e capacitarão a voz do povo”, segundo Musk. No entanto, a julgar pelas reações, ele não está convencendo internautas e jornalistas.

“O Twitter precisa se tornar, de longe, a fonte mais precisa de informações sobre o mundo. Essa é a nossa missão.”

Reação da comunidade

Na semana passada, Musk revelou que a plataforma começaria a cobrar US$ 8 por mês por contas verificadas (o emblema azul). Seu pensamento é que isso evitará spammers, imitadores e contas falsas. Na realidade, não há nada que impeça qualquer uma dessas entidades de pagar a taxa e se tornar “verificada”.

Michael Saylor sugeriu que poderia cobrar por diferentes níveis de verificação, acrescentando que “seria bom para os negócios e bom para o mundo”.

No entanto, a ideia de cobrar dos jornalistas para serem verificados no Twitter irritou alguns indivíduos. A roteirista Randi Mayem Singer disse que isso não provaria nada, apenas que você pagou por um crachá. O Dr. Ashley Winter respondeu:

“Os jornalistas existem porque são profissionais da comunicação. A confusão de fontes confiáveis não democratiza o compartilhamento de informações, mas o torna não confiável.”

Outros disseram: “você não pode usar a palavra ‘democratizar’ ou frases como ’empoderar a voz do povo’ se estiver cobrando dinheiro”.

O empresário e líder de tecnologia Jeff Booth comentou:

“Dinheiro é apenas informação: o que, por extensão, significa que a manipulação do dinheiro… garante a desinformação em todos os lugares. O controle centralizador de quem pode dizer o que é um derivado natural disso. Só pode ser corrigido fixando o dinheiro. #Bitcoin

Além disso, Musk também sugeriu permitir pagamentos em Dogecoin (DOGE) que agradarão os detentores e especuladores.

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Usuários do Twitter em busca de alternativas

Os usuários do Twitter já começaram a procurar alternativas. Aqueles contra as propostas de Musk estão agora promovendo um site chamado Mastodon, que é muito semelhante a rede social em posse do bilionário.

Segundo a BBC, a rede tem mais de 655.000 usuários, com mais de 230.000 aderindo a plataforma na semana passada após a aquisição do Twitter. Os tweets são chamados de “toots”. Eles podem ser postados, respondidos, curtidos e republicados. Os usuários também podem seguir uns aos outros como fazem no Twitter.

O Mastodon é executado em vários servidores pertencentes e operados por indivíduos e organizações em uma rede descentralizada coletiva. Esta é a atração, uma conta que não pode ser fechada por uma entidade centralizada.

No entanto, a desvantagem é que pode ser usado para disseminar discurso de ódio e conteúdo abusivo, o que já está acontecendo. Esta é a linha tênue entre liberdade de expressão e censura. No mundo real, ambos têm suas desvantagens.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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