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TSE vai debater uso de IA nas eleições municipais de 2024

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Atualizado por Thiago Barboza

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai debater, nesta terça-feira (27), o limite do uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) nas eleições municipais de 2024.

O debate ocorre em meio à delimitação das regras eleitorais, que incluem, por exemplo, questões como o uso do fundo partidário.

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TSE debate IA

A influência negativa de IA no debate eleitoral é um assunto que preocupa legisladores de todo o mundo. O assunto, no Brasil, segue a mesma linha.

Os legisladores temem o uso dos modelos de linguagem grande (LLMs) para a criação de deepfakes que disseminem informações falsas.

Um deepfake é, essencialmente, um vídeo falso, que mostra uma pessoa real fazendo ou dizendo coisas que ela não disse realmente. Isso é possível graças à abundância de material e voz e vídeo de personalidades, especialmente políticas, que permitem a criação de um perfil para abastecer uma IA.

O debate ocorre como parte da Instrução 0600043-39.2024.6.00.0000, que delimita os atos ilícitos das eleições. A relatoria é da ministra Carmen Lúcia.

A sessão será transmitida ao vivo no YouTube a partir das 19h.

Deepfakes em debate

A popularização das ferramentas de IA, a partir do fim de 2022, trouxeram o problema à tona. Mas a verdade é que a tecnologia para a criação de deepfakes já existia antes.

Ao mesmo tempo, o dano potencial que um vídeo falso pode causar já foi comprovado. O exemplo mais recente ocorreu no Twitter (X), com a disseminação de deepfakes pornográficos da cantora Taylor Swift.

O caso revelou a lentidão da rede social para resolver a questão. O post com os vídeos originais, por exemplo, ficou 12h online antes de a equipe de moreração o remover. E, quando isso ocorreu, várias cópias já circulavam no microblog.

Em seguida, o próprio Twitter (X) se uniu a outras redes sociais e big techs para criar um protocolo padrão de como reagir com agilidade a deepfakes. A lista inclui empresas como, por exemplo, Microsoft, Meta, Google e OpenAI.

Por falar em OpenAI, a startup líder de IA recentemente alterou os termos de serviço do ChatgGPT e de sua ferramenta de imagens Dall-E para proibir seu uso para a produção de propagandas partidárias. A empresa teme justamente o uso de suas tecnologias para a disseminação de desinformação.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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