A ideia de Greg Abbot é ambiciosa. O governador texano voltou a falar sobre o mercado de criptos. No Twitter ele declarou que pretender ser o primeiro do país em blockchain e criptomoedas.
No microblog, fez questão de lembrar que o Texas já é o número um em petróleo, gás natural, energia eólica, exportações e ambiente de negócios e o próximo passo serão as moedas digitais.
A lei do estado inclusive já foi alterada para incentivar investimentos em criptomoedas e blockchain. O Texas se tornou o segundo Estado americano, depois de Wyoming, a reconhecer as criptomoedas na sua lei comercial, abrindo caminho para empresas do setor operarem. Novos dados publicados da Foundry USA, colocam o Texas entre os que mais mineram bitcoin nos Estados Unidos. O estado do meio este americano concorre com Nova York, Kentucky e Geórgia.
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Mas a cidade de Miami, no estado da Flórida que não aparece nesse ranking, também quer ser a concorrente direta do Texas nessa corrida. O prefeito da cidade, Francis Suarez declarou recentemente que pretende ser a capital criptográfica dos Estados Unidos ou do mundo.
Suarez vai emitir ainda este mês um pedido de proposta com objetivo de ajudar a criar o mecanismo de pagamento aos funcionários públicos e permitir que os residentes da cidade paguem taxas – e futuramente até impostos – em Bitcoin. Tem hospital que já recebe doações e até uma rede de hotéis que aceita criptomoedas como forma de pagamento em Miami.
Hash do Bitcoin nos EUA
Nos Estados Unidos, 19,9% do hash do bitcoin – ou seja, o percentual do poder de computação coletivo dos mineiros – está em Nova York, 18,7% em Kentucky, 17,3% na Geórgia e o Texas responde por 14%. Os dados são da Foundry USA, maior pool de mineração da América do Norte e a quinta maior do globo.
O cofundador da Castle Island Ventures, que apresentou as informações no Texas Blockchain Summit em Austin, Nic Carter disse :
“Esta é a primeira vez que realmente tivemos uma visão em nível estadual sobre onde os mineiros estão. E esta é uma forma muito mais eficiente de descobrir onde ocorre a mineração nos EUA.”
Mas, como Carter aponta, o conjunto de dados da Foundry não leva em conta todo o hash de mineração no território americano, uma vez que nem todas as fazendas de mineração baseadas nos EUA contratam os serviços desse pool.
A Riot Blockchain, por exemplo, é uma das maiores mineradoras de capital aberto dos EUA, com grande presença no Texas. Eles não usam a Foundry, então seu hash não é contabilizado neste conjunto de dados – o que é parte da razão pela qual a presença de mineração do Texas é subestimada.
O Texas pode ocupar o quarto lugar de acordo com o conjunto de dados da Foundry, mas muitos especialistas acreditam que não há dúvidas de que é a principal jurisdição para mineradores no momento. Alguns dos maiores nomes da mineração de bitcoin se estabeleceram no Texas, incluindo a Riot Blockchain, e o mineiro chinês Bitdeer, que minera na mesma região em Rockdale.
Pedidos de novos ASICs – o equipamento especial usado para cunhar novo bitcoin – mostram que dezenas de milhares de máquinas devem ser entregues no Texas, de acordo com o The Block Crypto . O estado também conta com legisladores amigáveis à criptomoedas , uma rede elétrica desregulamentada com preços spot em tempo real e, talvez o mais importante, acesso a um excesso significativo de energia renovável, bem como gás natural.
Energia barata
A ERCOT, a organização que opera a rede elétrica do Texas, tem a energia solar em escala utilitária mais barata do país, a 2,8 centavos de dólar por quilowatt-hora . A rede também incluí energia eólica e solar. Para muitos especialistas é difícil consegue superar o custo da energia do Texas.
Outra grande tendência energética no negócio de mineração de bitcoin no Texas é o uso de gás natural “encalhado” em plataformas de energia, o que reduz as emissões de gases de efeito estufa e gera dinheiro para os fornecedores de gás, bem como para os mineradores.
Carter diz que, se isso for totalmente explorado, o gás queimado somente no Texas poderia abastecer 34% da rede bitcoin hoje – o que tornaria o Texas não apenas o líder absoluto na mineração de bitcoin nos Estados Unidos, mas no mundo.
Efeito China
Quando Pequim decidiu expulsar todos os seus mineradores de criptografia, cerca de metade da rede de bitcoins desapareceu praticamente da noite para o dia. A decisão do governo chinês anunciada há cerca de cinco meses , desencadeou a maior migração de mineradores de bitcoin já vista.
O conjunto de dados da Foundry mostra que as maiores operações de mineração de bitcoin estão em alguns dos estados com mais fontes de energia renovável – uma virada de jogo para o debate sobre o impacto ambiental do Bitcoin.
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